Ucrânia aceita proposta dos EUA para cessar fogo na guerra com Russia
O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o conselheiro de segurança nacional Mike Waltz disseram que, após Kiev ter concordado com um cessar-fogo temporário completo, a responsabilidade agora recai sobre a Rússia para tomar medidas que ponham fim à guerra contra a Ucrânia.
“(A Ucrânia está) pronta para a paz, e agora vamos levar isso aos russos e obter a resposta deles”, disse Waltz a repórteres após a reunião de mais de oito horas com os ucranianos em Jedá, na Arábia Saudita, na terça-feira (11).
“Esperamos que eles digam sim, que digam sim à paz. A bola agora está com eles”, afirmou Rubio sobre os russos.
“Se eles disserem não, então, infelizmente, saberemos qual é o obstáculo para a paz aqui”, acrescentou.
Waltz disse que conversaria com o conselheiro russo “nos próximos dias” e, logo após a reunião, Trump disse que a delegaçao americana se encontraria com a Rússia ainda hoje (12). Além disso, os oficiais dos EUA não forneceram detalhes específicos sobre como a oferta seria apresentada aos russos ou se o enviado especial Steve Witkoff a apresentaria durante sua viagem prevista a Moscou ainda esta semana. No entanto, disseram que esperam avançar o mais rápido possível.
Efeito imediato
Os Estados Unidos “irão imediatamente suspender a pausa no compartilhamento de inteligência e retomar a assistência de segurança à Ucrânia”, disseram os EUA e a Ucrânia em uma declaração conjunta sobre sua reunião em Jeddah.
A suspensão do serviço de informações ocorreu após o desentendimento de Trump e Zelensky, em reunião na Casa Branca.
A dura resposta da Rússia
Horas antes da Ucrânia iniciar a reunião para tratativas do acordo de paz, Kiev lançou um a ataque de drones a Moscou e arredores. Depois sentou-se a mesa com os EUA e aceitou o imediato acordo de paz, que claro, precisava ainda ser aceito pela Rússia.
A Rússia devolveu na mesma moeda. Enquanto a Ucrânia acertava acordo com os EUA a Rússia lançou um ataque aéreo noturno em Kiev na madrugada de quarta-feira (12), noite de terça no horário de Brasília, disse Vitali Klitschko, prefeito da capital ucraniana.
De acordo com Klitschko, baterias antiaéreas foram mobilizadas para repelir o bombardeio. É preciso entender que para entrar em vigor, a proposta ainda precisaria ser aprovada pela Rússia e formalmente assinada pelas partes envolvidas no conflito. Por enquanto, está valendo a popular expressão “guerra é guerra”.
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