Temporada de pinhão no Paraná: já pode ser colhido, armazenado e comercializado

A temporada de consumo do pinhão, semente da Araucária, árvore símbolo do nosso estado teve início na última segunda-feira (01) e segue até o final de junho, período em que a semente atinge sua maturação.

As Araucárias integram a floresta ombrófila mista que antes da colonização ocupava 200.000 Km2, cobrindo 40% do Paraná, 30% de Santa Catarina e 25% do Rio Grande do Sul. Apareciam, ainda algumas manchas dessa floresta nas partes mais elevadas das Serras do Mar, Paranapiacaba, Bocaina e Mantiqueira, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e também na Argentina.

Temporada de pinhão no Paraná.

Essas florestas foram alvo da exploração madeireira durante a colonização do sul do Brasil, e hoje resta apenas 3% de floresta conservada. Isso tornou a Araucária, produtora do pinhão, uma espécie em extinção. Diversos animais, que tem como habitat esse ecossistema se alimentam desta semente. Aves como maitacas, gralhas e sabias; animais terrestres como cotias, antas e capivaras se alimentam das sementes.

O pinhão demora em torno de 20, 24 meses até atingir sua maturação, por isso, em um único pinheiro é possível existir sementes de diversas idades. As pinhas que não atingiram sua maturação são confundidas com pinhas quase maduras e derrubadas. Esta prática é ilegal, a colheita e comercialização de pinhão verde é vedada pela Portaria IAP nº 046/2015.

O pinhão é um produto importante para a economia do Estado. Ele movimentou R$ 20,8 milhões em 2022, de acordo com a edição mais recente do Valor Bruto de Produção (VBP), levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

A produção, também em 2022, alcançou 4,1 mil toneladas, de acordo com a Pesquisa de Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais da metade da safra está concentrada nos municípios da região Centro-Sul do Estado, com 2.578 toneladas. A maior produção no Estado foi registrada em Inácio Martins, com 700 toneladas colhidas em 2022, seguida por Pinhão, com 556 toneladas, e Turvo com 271 toneladas.

Além do Centro-Sul, as regiões Central, Sul e Sudoeste também concentram o maior volume de produção da semente no Estado. Segundo a Seab, por ser um produto extrativista, não há previsão do volume que será colhido neste ano.

O pinhão é a semente da araucária composta por casca e amêndoa, rico em fibras e carboidratos que apresenta baixo índice glicêmico, não contém glúten e possui componentes com características funcionais que podem contribuir para a saúde, como antioxidantes e amido resistente.

A casca do pinhão é o principal resíduo gerado durante o seu beneficiamento e representa, aproximadamente, 20% do peso total da semente. Embora não possuam uso consolidado, as cascas contêm uma grande quantidade de fibras e concentram a maior parte dos compostos fenólicos, os quais são antioxidantes e podem atuar na prevenção de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vem tem progredido nas pesquisas para o uso integral do pinhão no desenvolvimento de produtos alimentícios de conveniência e saudabilidade, no conceito de economia circular.

Em média, 50% do peso fresco das pinhas é composto pelos pinhões, sendo que sua parte comestível é chamada de amêndoa, e 50% por escamas estéreis e não fertilizadas, denominadas falhas, que atualmente não apresentam valor comercial e são descartadas. Somando as cascas e falhas, o total de resíduo gerado, sem valor comercial ou qualquer forma de aproveitamento, totaliza mais de 75% da pinha, em um valor estimado de cerca de 10 mil toneladas/ano.

O projeto visa o aproveitamento integral da pinha, por meio de ações que possam agregar valor à amêndoa do pinhão, bem como gerar o aproveitamento das cascas e falhas das pinhas, por meio do desenvolvimento de ingredientes e produtos alimentícios que contenham não somente as amêndoas, mas também as cascas e as falhas incorporadas. Espera-se desenvolver produtos como pães, cookies, muffins, barrinhas de sementes e bebidas lácteas a partir de farinhas do pinhão integral cozido, seco e moído, com diferencial inovador quanto ao enriquecimento com fibras alimentares e compostos bioativos e redução de gordura.

Tais produtos apresentarão maior saudabilidade, mantendo a boa sensorialidade. Já as cascas e falhas serão incorporadas como ingredientes ou aditivos alimentícios que possam trazer o benefício de redução de açúcar ou gordura em iogurtes, embutidos e sobremesas lácteas, por apresentarem propriedades espessantes, gelificantes e corantes naturais. O projeto vai também capacitar agentes multiplicadores em agroindústrias e, com isso, contribuir para o aproveitamento integral dessa matéria-prima nacional, aportando soluções inovadoras dentro do conceito de economia circular.

À frente do grupo de pesquisa está a Cristiane Vieira Helm, química industrial, doutora em Ciências de Alimentos, pesquisadora da Embrapa Florestas na unidade de Colombo, PR e comentou sobre o estudo. “O Projeto está na fase de pesquisa e temos muito interesse que alguma empresa nos procure para produzir as farinhas em comercializá-las, pois a Embrapa transfere toda a tecnologia. As farinhas (só da amêndoa e do pinhão integral) podem ser utilizadas como ingrediente na elaboração de massas alimentícias, panificação, produtos lácteos, entre outros usos e o pinhão, por não conter glúten, tem um apelo para os indivíduos celíacos, o que agrega valor a farinha de pinhão, em mistura com farinhas de outros cereais sem glúten como, arroz, milho e aveia”.

Sobre o risco de extinção a Drª Cristiane tem se mostrado otimista. “A Embrapa tem vários projetos com a Araucária que incentivam o plantio e o uso da espécie. Vamos conseguir mudar o cenário nos próximos 10 anos com os novos plantios e o novo método de enxertia da Embrapa Floretas para o pinhão precoce. Esta técnica permite a Araucária produzir pinhas com 7 anos de idade, enquanto que uma Araucária normalmente leva no mínimo 20 anos para começar a produzir pinhas”, completou.

Ainda na área da culinária, a Lei estadual nº 17.457/2013 de autoria do deputado Anibelli Neto (MDB), incluiu no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Paraná a Festa do Leitão no Forno – Recheado com Pinhão que é realizada anualmente na semana do dia 28 de junho, durante as comemorações da emancipação político-administrativa do Município de Clevelândia.

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