O Estado do Paraná tem demonstrado através de seus trabalhadores na cidade e no campo, a sua vocação para a liderança em diversos setores. Mas o trabalho dos paranaenses tem sido dificultado pela falta de uma estrutura confiável para o fornecimento de condições adequadas à produtividade e para o conforto do paranaense.
A constante interrupção no fornecimento de água em diversas cidades do estado, entre elas a capital, Curitiba e uma das maiores cidades do interior do estado, Ponta Grossa, tem sido motivo de ações inclusive na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) que não só questiona a SANEPAR como também se prepara para abrir uma CPI para investigar as ações ou omissões da SANEPAR e sua responsabilidade sobre as constantes interrupções no abastecimento. Em Ponta Grossa a Câmara de Vereadores também está instalando uma CPI para investigar a responsabilidade da SANEPAR.
As justificativas da empresa são sempre de interrupções para constantes melhorias. No entanto os bairros afetados na capital paranaense, nos últimos anos, são basicamente os mesmos, apesar das alegadas obras de melhorias.
Outro motivo alegado pela empresa é o alto consumo de água quando faz calor. Mas não há explicação de como a empresa não se preparou nos últimos anos para um aumento de temperatura e aumento de população, já previstos em estudos divulgados a mais de uma década. População, consumo e calor, que só devem continuar aumentando.
O Paraná também sofreu grande impacto em seu desenvolvimento em uma janela de tempo entre o final do contrato anterior do pedágio nas rodovias do estado e a retomada do pedágio no Paraná. Foi inegável o estado de abandono das rodovias estaduais após o término do contrato anterior (que inclusive teve seu encerramento sem que todas as obras previstas estivessem concluídas, depois de 20 anos). Um fiasco para a administração do Paraná, que demonstrou que não possui capacidade para cuidar de suas rodovias, voltando a entregar nossas vias a administração particular.
Agora quem sofre é o campo do estado conhecido por ser o seleiro do país, responsável pela produção de grande parte dos grãos deste país, além de diversas outras culturas, gado e grande quantidade de cana-de-açúcar.
O Bloco da Agricultura Familiar da Assembleia Legislativa do Paraná, liderado pela deputada estadual Luciana Rafagnin (PT), promove, na próxima terça-feira, 18, às 9 horas, uma reunião de trabalho para tratar das constantes interrupções de energia no Estado, que aumentaram significativamente depois da venda da Copel, causando transtornos e prejuízos econômicos para os agricultores.
Na semana passada, moradores de Francisco Beltrão fizeram um protesto para reivindicar providências imediatas quanto à grave precarização dos serviços prestados pela Copel. Eles pedem compensação financeira por apagões prolongados, reclamam da terceirização excessiva de serviços e citam a falta de materiais, como fios e peças para a realização do serviço de manutenção. Também há uma enorme dificuldade de a população obter assistência, já que muitos escritórios da Companhia foram fechados.