Governo quer explicações sobre alterações em termos de uso do X

Governo quer explicações sobre alterações em termos de uso do X

A rede X tem uma nova política a respeito do uso de dados e por isso a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) solicitou explicações.

As alterações permitem que dados dos usuários sejam usados para treinar modelos de inteligência artificial (IA), como o Grok, desenvolvido pela própria empresa.

As novas regras entram em vigor no dia 15 de novembro. Segundo o novo texto da seção “seus direitos e concessão de direitos no conteúdo”, a plataforma terá permissão para utilizar as publicações dos usuários em tempo real no treinamento de suas IA.

Outro ponto da nova política é a alteração no período de retenção dos dados dos usuários, que antes era de 18 meses e agora será por tempo indeterminado.

“Caso seja percebido risco de grave dano à proteção de dados ou à privacidade dos titulares, outras medidas poderão ser tomadas”, informou a ANPD em nota.

Em julho, a Meta – dona do Facebook, Instagram e Whatsaap – também foi convocada pela ANPD para explicar o uso de dados para treinamento de IA. Isso levou à suspensão temporária do uso de dados de usuários brasileiros até que novas opções de consentimento fossem incluídas.

Mudanças em política de privacidade são facilmente ignoradas por usuários. Assim fica fácil para as big techs se apropriarem de dados com o “consentimento” de seus usuários.

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Venezuela e a Nicarágua ficaram de fora da lista de possíveis países parceiros do Brics

Venezuela e a Nicarágua ficaram de fora da lista de possíveis países parceiros do Brics

O Brics é um grupo de países de economias emergentes originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia e África do Sul (as iniciais em inglês dão nome ao grupo, que significa tijolos, também em inglês, numa concepção surgida no meio acadêmico no início do século de que esses países construiriam o futuro do mundo).

No início do ano, outros países aderiram aos Brics: Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Uma reunião de cúpula está sendo realizada em Kazan, na Rússia, nesta semana.

O presidente Lula é um dos idealizadores do grupo, e não pode comparecer a reunião devido ao acidente que sofreu.

Mesmo de longe Lula fez pressão política para impedir a entreda da Venezuela e da Nicarágua.  O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou ao seu time de articulação internacional que o Brasil deveria se posicionar contra o ingresso da Venezuela no Brics. O mesmo recado foi dado pelo assessor especial da Presidência da República e ex-chanceler, Celso Amorim, que disse ser contra a adesão.

Novos países poderão ser parceiros do BRICS.

O Brasil é contra a entrada destes países devido a situação política de Maduro, reeleito em uma eleição duvidosa, e da falta de relação diplomática com a Nicarágua, que cortou relações com o Brasil. 

Os membros que compõem o Brics fecharam nesta terça-feira (22), durante reunião, a relação de países que podem aderir ao grupo de parceiros do bloco.

Estão na lista Argélia, Belarus, Bolívia, Cuba, Indonésia, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Os líderes dos países-membros do Brics, que estão na Rússia, discutirão em jantar a adesão de cada um dos listados.

Ainda não está definido se todos eles passarão, de fato, a fazer parte do grupo de parceiros do Brics.

Assim o Brasil demonstrou muita força e articulação na política internacional, pois mesmo sem a presença de Lula, a decisão foi aquela que o Brasil esperava.

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Garoto Bombril

Garoto Bombril

Ele marcou uma geração na publicidade e colocou as mil e uma utilidades do bombril para todas as famílias, através de comerciais engraçados.

Estamos falando do intérprete do “Garoto Bombril”, Carlos Moreno.

Mas o que pouca gente sabe é que ele, além de ator, também é arquiteto com mestrado em Desenho Gráfico nos EUA. Além disso, já foi figurinista e cenógrafo e atuou em musicais. 

E não é só isso. Chegou a assumir a direção da Divulgação da Associação Brasileira de Alzheimer, doença diagnosticada em sua mãe. Já a estreia nas artes ocorreu bem cedo, aos 11 anos e no teatro, onde acabou sendo descoberto pela equipe responsável pelos anúncios da Bombril.

Nessas peças publicitárias, ele interpretou personagens e fez homenagens a nomes como Gil Gomes, Che Guevarra, Bill Clinton, e Silvio Santos, e chegou a dividir a cena com Pelé.

Intérprete do “Garoto Bombril”, Carlos Moreno com Pelé, em um dos comerciais.

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Sem horário de verão neste ano

Sem horário de verão neste ano

O  horário de verão sempre foi uma medida polêmica, primeiro porque alguns se adaptam rapidamente a ele e outros não. Segundo, porque cria uma discrepância maior entre horários de estados que o adotam e os que não.

De toda forma a prática que  adianta os relógios em uma hora, era adotada anualmente em partes do Brasil para diminuir o consumo de energia pelo melhor aproveitamento da luz natural.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que após uma última reunião com o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) foi concluído que não havia necessidade para decretar a medida para este verão.

Brasil não terá horário de verão neste ano.

“Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025”, afirmou.

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O papel das mulheres na igreja, segundo o Vaticano

O papel das mulheres na igreja, segundo o Vaticano

Na próxima quinta-feira, 24 de outubro, às 16h30, o cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, sobre o tema do diaconato permanente, se encontrará com aqueles que desejam apresentar “ideias sobre o papel da mulher na Igreja”. Foi o que ele mesmo anunciou em sua comunicação durante a Congregação Geral da manhã desta segunda-feira. Especificamente com relação ao “diaconato feminino”, o cardeal disse: “O Santo Padre me confirmou que a Comissão presidida pelo cardeal Giuseppe Petrocchi continuará ativa. Os membros do Sínodo que quiserem – individualmente ou em grupo – podem enviar considerações, propostas, artigos ou preocupações a essa Comissão”.

Segundo o Papa Francisco o assunto ainda não está maduro suficiente para tomada de decisão.

Além disso, o cardeal explicou que o “Grupo 5” é coordenado pelo secretário da seção doutrinal do Dicastério para a Doutrina da Fé: “Na sexta-feira passada, ele foi submetido a um procedimento médico e propôs em seu lugar duas pessoas que são muito capazes de ouvir para receber as propostas. 

Mais tarde, soube que algumas pessoas estavam esperando minha presença e ofereci uma reunião na quinta-feira”.

“Sabemos que o Santo Padre expressou que, neste momento, a questão do diaconato feminino não está madura e pediu que não consideremos essa possibilidade agora”, afirmou o purpurado. “A comissão de estudos tem conclusões parciais que publicaremos no momento certo, mas continuará trabalhando.” E, “por sua vez, o Santo Padre está muito preocupado com o papel das mulheres na Igreja e, mesmo antes da solicitação do Sínodo, ele pediu ao Dicastério para a Doutrina da Fé que explorasse as possibilidades de um desenvolvimento sem se concentrar na ordem sagrada”.

De fato, disse o cardeal, “pensar no diaconato para algumas mulheres não resolve a questão dos milhões de mulheres na Igreja”. Por outro lado, observou ele, “ainda não demos alguns passos que poderíamos dar”. Por exemplo, “quando o novo ministério do catequista foi criado, o Dicastério para o Culto Divino enviou uma carta às Conferências episcopais” propondo “o que o Papa disse na Querida Amazônia sobre as catequistas que apoiam as comunidades na ausência de sacerdotes”. Mas apenas algumas conferências episcopais acolheram a proposta. Além disso, continuou o cardeal Fernández, “o acolitato para as mulheres foi de fato concedido em uma pequena porcentagem e muitas vezes são os padres que não querem apresentar as mulheres ao bispo para esse ministério”.

Para o cardeal, portanto, “a pressa em pedir a ordenação de diaconisas não é a resposta mais importante hoje para promover as mulheres”. E, relançou, “para dar corpo à reflexão, pedi que fossem enviados ao meu Dicastério testemunhos de mulheres que são verdadeiramente líderes comunitárias ou que desempenham papéis importantes de autoridade”. Por fim, pediu, “especialmente às mulheres deste Sínodo, que ajudem a receber, explicitar e enviar ao Dicastério várias propostas que possamos ouvir em seu contexto sobre possíveis caminhos para a participação das mulheres na liderança da Igreja”.

Fonte: Vatican News

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Idosos e cuidadores do Paraná devem ganhar independência econômica

Idosos e cuidadores do Paraná devem ganhar independência econômica

Promover o envelhecimento ativo, saudável e protegido dos cerca de 1,9 milhão de idosos que vivem no Paraná. Esse é o objetivo do projeto de lei 587/2024 que estabelece o Programa Paraná Amigo da Pessoa Idosa, e está em discussão na Assembleia Legislativa. 

Ele institui a Bolsa Cuidador Familiar e a Bolsa Agente do Saber, tendo como público-alvo idosos em situação de vulnerabilidade socioeconômica; e já foi aprovado ontem (21), por unanimidade, pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CDPI).

Entre as principais medidas propostas pelo Governo estão a criação da Rede de Atenção à Pessoa Idosa, a promoção de atividades culturais, esportivas e de lazer adaptadas às necessidades deste segmento da população, o apoio aos municípios que aderirem às ações e a instituição de bolsas para idosos em situação de vulnerabilidade social e para os cuidadores familiares. 

A ideia é que, diante do aumento da expectativa de vida dos cidadãos, o programa fortaleça a autonomia das pessoas com 60 anos ou mais, estimule a participação delas na comunidade e combata o isolamento social. De acordo com o texto do projeto, que tramita em regime de urgência e já recebeu também parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ele só entrará em vigor no ano de 2025, quando há previsão orçamentária para sua execução.

Programa Paraná Amigo da Pessoa Idosa, poderá dar independência financeira a quem tem 60 anos ou mais e a seus cuidadores.

Medidas entram em vigor em 2025

As duas bolsas que serão instituídas pelo programa têm como objetivo dar mais independência econômica e social aos idosos do Estado. Uma delas será a Bolsa Agente do Saber, para pessoas idosas em situação de vulnerabilidade econômica. A ideia é promover o envelhecimento ativo dos cidadãos. A outra será a Bolsa Cuidador Familiar, destinada aos cuidadores que se dedicam exclusivamente a esta atividade, ou seja, sem nenhuma outra remuneração, com o objetivo de reconhecer este trabalho como uma atividade econômica. Além disso, a ideia é prevenir que muitos idosos fiquem sem cuidado de familiares e acabem sendo direcionados para instituições de acolhimento. O valor a ser pago pelas bolsas será definido em decreto após a aprovação do projeto pela Assembleia Legislativa. A estimativa é que sejam investidos R$ 7 milhões ao ano nas bolsas.

O projeto de lei prevê instituir dois bancos de cadastro estaduais: um deles será o Cadastro Estadual da Rede de Atenção à Pessoa Idosa (Cerapi), que vai coletar e sistematizar informações referentes a órgãos gestores, conselhos, fundos, programas, projetos, organizações e demais entes que atuem na promoção, proteção, defesa, atenção e garantir de direitos da pessoa idosa. O outro, o Cadastro de Cuidadores do Paraná, vai coletar e sistematizar informações sobre os cuidadores familiares formais, informais e profissionais de idosos. A partir deles, serão coordenadas ações como o pagamento das bolsas aos beneficiários elegíveis para o programa e a organização da execução das demais ações previstas pelo projeto.

De acordo com a proposta, os municípios que aderirem ao programa serão qualificados tecnicamente pelo Estado. A ideia é que seja prestada assessoria técnica e financeira aos municípios na elaboração de políticas públicas para essa faixa etária. Entre as propostas do programa estão ações de sensibilização da sociedade sobre os direitos da pessoa idosa, enfrentamento ao idadismo e combate a qualquer forma de violência contra idosos. A proposição também propõe a adaptação estrutural dos espaços públicos para um melhor convívio intergeracional, garantindo acessibilidade das pessoas idosas na vida comunitária. O Estado ainda poderá apoiar municípios na obtenção de selos e certificados que reconheçam iniciativas em favor da longevidade.

Cresce expectativa de vida da população

Dados detalhados do Censo 2022 divulgados no final do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a evolução demográfica do Brasil mostram um aumento expressivo na proporção de idosos no Paraná. A pesquisa apontou que 1,9 milhão de pessoas com 60 anos ou mais vivem no Estado, o equivalente a 16% da população, quase o dobro do registrado há 22 anos, quando essa faixa etária representava 8,4% das pessoas residentes nos 399 municípios paranaenses.

O município com o maior percentual de pessoas idosas no Estado, com 26,8%, era Floraí, na região Norte. Em sentindo oposto, a população mais jovem estava concentrada na cidade de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, onde apenas 8,6% são idosos. Outro fato destacado pelo Censo é que as mulheres são a maioria entre os idosos, chegando a 55% das pessoas com 60 anos ou mais. Hoje a expectativa de vida do paranaense, ao nascer, é de 75,8 para homens e 82,64 para mulheres.

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Política de Atendimento Suplementar à Saúde Animal

Política de Atendimento Suplementar à Saúde Animal

No dia 14 de outubro, teve início o trâmite do substitutivo geral que busca instituir a Política de Atendimento Suplementar à Saúde Animal em Curitiba. “Fundada nos princípios da eficiência, eficácia, segurança e economicidade, [o projeto] tem por objetivo assegurar o bem-estar animal”, explica a proposição (031.00072.2024). Trata-se de uma iniciativa dos vereadores Nori Seto (PP), Alexandre Leprevost (União) e Bruno Pessuti (Pode), autores do projeto original, que pretendia regulamentar a Rede de Atendimento Suplementar à Saúde Animal no âmbito do Município (005.00026.2024).

De acordo com o texto de justificativa do substitutivo, a ideia é ajustar a proposta ao parecer nº 00152.2024, emitido pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal de Curitiba (CCJ). Uma das questões levantadas pela CCJ, com fundamento no Parecer da Projuris, foi o entendimento de que o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR) possui natureza jurídica de autarquia federal, portanto o Município não teria competência para legislar sobre as atribuições desta entidade.

O colegiado também mencionou em seu parecer a necessidade de apresentação de estudo de impacto financeiro-orçamentário. Além de algumas questões pertinentes à técnica legislativa, tais óbices apontados pela CCJ motivaram a devolução do projeto aos autores para reformulações e a apresentação do substitutivo. 

Curitiba tem política pública para saúde de pets.

Atendimento descentralizado será feito por clínicas e faculdades de Medicina

A proposta do substitutivo estabelece a Política de Atendimento Suplementar à Saúde Animal, determinando, no parágrafo único do artigo 1º, que esse atendimento é um serviço de utilidade pública e instrumento de concretização da política pública, voltado à atenção básica da saúde animal. Entre os objetivos da Política Pública instituída pelo substitutivo, destaque para a prevenção de enfermidades, solução dos potenciais casos de agravo à saúde animal e o direcionamento dos enfermos mais críticos para níveis de cuidados mais avançados.

Outra disposição da proposta é a de que o atendimento suplementar é a porta de entrada do sistema de saúde dedicado aos animais e atuará de forma descentralizada, preferencialmente por meio das clínicas de atendimento veterinário (cuja adesão é voluntária) e das faculdades de Medicina Veterinária públicas e privadas sediadas no Município de Curitiba.

Atendimento gratuito: animais com tutores pobres e animais resgatados

Dentre as diretrizes da Política Pública de Atendimento Suplementar à Saúde Animal constam a promoção de serviços de saúde para o bem-estar animal, garantindo o atendimento digno; a promoção do acesso ao atendimento médico veterinário; a redução ou atenuação do sofrimento animal; a prevenção contra doenças zoonóticas; e a conscientização sobre a posse responsável e cuidados animais.

A proposição igualmente define que o atendimento será gratuito e reservado para animais cujos tutores careçam, comprovadamente, de recursos financeiros e animais resgatados por Organizações da Sociedade Civil que atuam no segmento animal, desde que regularmente declaradas como de Utilidade Pública, nos termos da Lei Complementar nº 117/2020, e, ainda, que as despesas decorrentes da implementação, operação e manutenção da Política deverão ser custeadas por meio de convênios ou parcerias com a iniciativa privada ou com Organizações da Sociedade Civil.

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Médicos se concentram nas capitais brasileiras

Médicos se concentram nas capitais brasileiras

Nunca na história, o País contou com tantos médicos como atualmente. A Demografia Médica CFM – 2024, divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), na segunda feira (8), mostra que o Brasil tem 575.930 médicos ativos, uma das maiores quantidade do mundo, numa evolução acelerada. O número resulta em uma proporção de 2,81 médicos por mil habitantes, também a maior já registrada e que coloca a Nação a frente dos Estados Unidos, Japão e China. Contudo, apesar do avanço significativo, vê com preocupação esse crescimento acelerado pelas suas implicações na formação dos profissionais e até da assistência oferecida à população.

“Os dados indicam que o Brasil conta hoje com mais médicos. Mas a que custo? Observamos a criação indiscriminada de escolas médicas no País sem critérios técnicos mínimos, o que afeta a qualidade do preparo dos futuros profissionais da medicina. Outra questão a ser observada é que o aumento do número de médicos deve implicar também em melhores condições de trabalho e de estímulo para que a assistência ocorra da forma adequada. A equação do atendimento, em especial na rede pública, não é uma questão apenas matemática, mas de planejamento e boa gestão”, afirma o presidente do CFM, José Hiran Gallo.

Expansão – Desde o início da década de 1990, no Brasil, a quantidade de médicos mais que quadruplicou, passando de 131.278 profissionais para o número atual, registrado em janeiro de 2024. Este crescimento, impulsionado por fatores como a expansão do ensino médico e a crescente demanda por serviços de saúde, representa um aumento absoluto de 444.652 médicos no período, ou seja, 339%, em termos percentuais.

Grande quantidade de médicos concentrados nas grandes cidades.

Por outro lado, a população brasileira cresceu 42% no mesmo período: passou de 144 milhões para 205 milhões, conforme dados do IBGE. Com isso, é possível ver que o número de médicos aumentou oito vezes mais do que o da população em geral. Calcula-se que o crescimento da população médica, entre 1990 e 2024, foi, em média, de 5% ao ano. Esse índice é cinco vez maior do que o praticado pela população brasileira (média anual de 1%). Notadamente, a maior progressão percentual no volume de médicos aconteceu entre 2022 e 2023, quando o contingente saltou de 538.095 para 572.960: aumento de 6,5%.

Densidade – O fenômeno repercute ainda em termos proporcionais. Em 1990, havia 0,91 médico para cada grupo de mil habitantes no País. Três anos depois (1993), o Brasil alcançou a razão de 1 médico por mil habitantes. 

Foram necessárias quase duas décadas para que esse índice chegasse a 1,2 médicos por mil habitantes, em 2011. Coincidentemente, nesse período, assiste-se o início do processo de abertura de novas escolas médicas, o que fez que já em 2016 essa proporção atingisse a marca de 2,03.

Mantendo-se o ritmo de crescimento da população e de escolas médicas, dentro de cinco anos, em 2028, o País contará com 3,63 médicos por mil habitantes, índice que supera a densidade médica registrada, por exemplo, na média dos 38 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). Atualmente, cerca de 35 mil estudantes concluem o curso de medicina e entram no mercado de trabalho.

Nos próximos anos, esse número deve ultrapassar os 40 mil egressos, com as primeiras turmas das escolas abertas ultimamente sendo graduadas. “Um dos problemas é que não há previsão de se estancar esse volume. Apesar de ser contraditório, há chances de que a assistência enfrente graves problemas, como a falta de resolubilidade dos profissionais, que terão uma formação deficitária, e o próprio encarecimento dos custos assistências, pelo aumento na demanda por exames de diagnóstico e outros procedimentos”, explica José Hiran Gallo.

OCDE – A evolução do Brasil em relação ao número de médicos por mil habitantes pode ser analisada em função das tendências observadas nos países da OCDE. Em 2021, relatório publicado pela entidade colocava o Brasil na 43ª no ranking que avaliava esse quesito dentro de um grupo de países selecionados, que incluem nações da Europa e destaques de diferentes continentes.

Na época, com uma razão de 2,2 médicos por mil habitantes, o Brasil ficava à frente apenas de Peru, Índia, África do Sul, Indonésia. Em 2024, com um índice de 2,8, o Brasil teria uma performance muito melhor nesse levantamento. Mesmo considerando que o trabalho da OCDE não passou por atualização desde então, a medicina brasileira passaria a ocupar o 35º lugar nesse ranking. A taxa atual coloca a nação em igualdade ao Canadá e ultrapassa EUA, Japão, Coréia do Sul e México.

 

Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, o significativo aumento no número de médicos no Brasil é resultado da interação de diversos fatores, entre eles as crescentes necessidades de saúde da população, as mudanças no perfil de morbidade e mortalidade, a garantia de direitos sociais, a incorporação contínua de novas tecnologias médicas e o envelhecimento progressivo da população. Além disso, segundo ele, esse crescimento é influenciado pelas novas políticas de educação médica implementadas, especialmente nas últimas duas décadas.

Ensino – “O aumento no número de faculdades de medicina e a expansão das vagas nos cursos existentes contribuíram significativamente para o aumento do contingente de médicos disponíveis no mercado. Contudo, este cenário também suscitou questionamentos sobre a qualidade da formação médica oferecida. Sabemos que quantidade significativa de cursos estão em municípios que não atendem critérios mínimos para a boa formação de futuros médicos. De forma complementar, há ainda a carência de médicos capacitados ao ensino, ou seja, estamos tornando a medicina brasileira precária. Se antes nosso País era reconhecido mundialmente pela competência de seus médicos, agora essa convicção está sob ameaça”, ponderou o presidente do CFM.

Atualmente, há 389 escolas médicas espalhadas pelo País, a segunda maior quantidade do mundo – só fica atrás da Índia, nação que tem uma população mais de seis vezes maior. Desde 1990, a quantidade de faculdades de medicina no Brasil quase quintuplicou, passando de 78 para o cenário do momento. Somente nos últimos dez anos, foram colocadas em funcionamento 190 estabelecimentos de ensino médico, número igual ao de escolas abertas ao longo de dois séculos.

Concentração – Outro problema que o aumento de médicos não resolve, conforme evidencia a Demografia Médica CFM – 2024, é a concentração dos profissionais em determinadas áreas, aprofundando um cenário de desigualdade na distribuição, fixação e acesso ao atendimento. Apesar do CFM considerar que já há número suficiente para atender às demandas da população, sem a necessidade de qualquer medida extraordinária, ele alerta para a ausência de políticas públicas que estimulem a ida de médicos para as áreas mais distantes e menos desenvolvidas e para o Sistema Único de Saúde (SUS). José Hiran Gallo alerta que se o Governo não fizer seu dever, essa concentração se manterá, com cada vez mais médicos no Sudeste, Sul, litoral e centros com melhor Indice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Além disso, acrescenta, os egressos preferirão atuar no segmento privado e nos planos de saúde, que oferecem melhores honorários e condições de trabalho, do que na rede pública, que responde pelo atendimento direto de 75% dos brasileiros. Segundo o presidente do CFM, os médicos que permanecem no Norte e Nordeste e nos municípios mais pobres do interior se ressentem da falta de investimentos em saúde, dos vínculos precários de emprego e da ausência de perspectivas.

“Ao contrário do que o Governo alega, a abertura de uma escola médica não garante a permanência de todos os formados na região. O que se assiste e uma migração dos jovens rumos aos grandes centros em busca de qualidade de vida e de trabalho. No entanto, importante ressaltar, isso não é exclusivo da medicina. Profissionais de várias da saúde e de outras também fazem o mesmo movimento”, disse.

Desigual – Como dito pelo presidente, o estudo do CFM mostra que o aumento no número de médicos não resultou em uma distribuição igualitária pelo País. O Sudeste tem uma proporção de médicos superior à média de 2,81 médicos por mil habitantes do Brasil. A região se destaca por ter a maior densidade e proporção, com 3,76 médicos por mil habitantes e 51% do total de médicos, enquanto abriga 41% da população brasileira. Em contraste, o Norte exibe a menor razão e proporção de médicos (1,73), ficando significativamente abaixo da média nacional.

Já o Nordeste, com 19,3% dos médicos e 26,8% da população, apresenta uma razão de 2,22 médicos por mil habitantes, também abaixo da média nacional. O Sul, por sua vez, com 15,8% dos médicos e 14,8% da população, exibe uma razão de 3,27 médicos por mil habitantes, enquanto o Centro-Oeste, com 9% dos médicos e 8,1% da população, tem 3,39 médicos por mil habitantes, ambos acima da média nacional.

Nas capitais, a média de médicos por mil habitantes alcança o patamar de 7,03, contra 1,89 observada no conjunto das cidades do interior. Ao analisar os extremos dessa distribuição, Vitória (ES) registra a maior densidade: 18,68 médicos por mil habitantes. Em contrapartida, no interior do Amazonas, a densidade é drasticamente menor, somente 0,20, ilustrando os severos desafios de acesso a cuidados médicos em localidades remotas.

Idade e sexo – A Demografia Médica CFM 2024 traz ainda informações que ajudam a delinear características do perfil dos profissionais brasileiros. Um dos aspectos avaliados é a idade média dos médicos em atividade no Brasil, que hoje está em 44,6 anos. Entre os médicos homens, a idade média é de 47,4 anos. Já para as médicas, é de 42 anos. Observa-se também uma diferença no tempo de formação entre os gêneros: em média, os médicos têm 21 anos de formados, enquanto as médicas têm, em média, 16 anos,

O trabalho do CFM revela ainda que o número de médicas no Brasil vem aumentando ano após ano. Em 2024, os homens ainda representam, ligeiramente, a maioria entre os médicos com até 80 anos, correspondendo a 50,08% do total, enquanto as mulheres compunham 49,92%. Porém, estima-se que, em breve, o número de médicas ultrapasse o de médicos. Atualmente, entre os médicos com 39 anos ou menos, as mulheres já constituem a maioria, representando 58% em comparação a 42% dos homens. O ponto de virada, ocorreu em 2009.

Desde aquele ano, os números revelam a crescente feminização da medicina, com a sustentação dessa tendência ao longo dos anos subsequentes, com o número de mulheres continuando a exceder o de homens ingressando na medicina. Os dados indicam também o aumento crescente na proporção de mulheres entrando no mercado de trabalho brasileiro. Em 1990, as mulheres representavam 44% dos médicos que começavam a atuar, enquanto os homens representavam 56%. No início de 2024, essa proporção se inverteu: 60% de mulheres e 40% de homens.

Fonte Conselho Federal de Medicina

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Paraná firma parceria com Google para qualificar alunos de escolas profissionalizantes

Paraná firma parceria com Google para qualificar alunos de escolas profissionalizantes

O Governo do Paraná e o Google Cloud Learning firmaram uma parceria para a concessão de licenças de cursos que qualifiquem alunos da rede estadual de escolas profissionalizantes. A autorização para a parceria foi assinada nesta quarta-feira (16) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e tem como objetivo capacitar os estudantes para novas tecnologias.

A cooperação, que envolve as secretarias estaduais do Planejamento e Educação, prevê que até 500 licenças sejam liberadas por escolas selecionadas pelo programa de acordo com critérios técnicos. A estimativa é que cerca de 15 mil alunos sejam beneficiados com os cursos.

“Estamos trabalhando para fazer do Paraná um grande celeiro de talentos ligados à tecnologia e à inovação. Existe uma grande demanda do mercado por profissionais capacitados em programação, que entendam de inteligência artificial e estejam preparados para lidar com estas novas tecnologias. Nosso objetivo é preparar nossos alunos para este ambiente”, disse o governador.

Alunos do ensino técnico podem receber licenças Google.

O fornecimento das licenças para os alunos do ensino técnico dá sequência a um planejamento de ações do Governo do Estado em parceria com o Google. Em setembro, um outro acordo garantiu a concessão de 10 mil licenças de cursos da empresa para alunos das universidades estaduais do Paraná.

“Estamos dando mais um passo, agora com as escolas técnicas. Estamos conseguindo atingir diferentes camadas, de diferentes idades, colaborando com este plano de transformar o Paraná em um celeiro de talentos em tecnologia no Brasil”, disse o diretor-chefe de gabinete da Google Cloud, Gustavo Pacheco.

 

O acesso a conhecimentos avançados em tecnologia tende a elevar o nível de qualificação dos alunos. Os cursos previstos abrangem tópicos como aprendizado de máquina, análise de dados, aplicações em nuvem, marketing e segurança de dados.

“São trilhas específicas de conhecimento, mas muito conectadas com o futuro. É uma forma de dar ao jovem da escola pública uma oportunidade diferenciada. Formando profissionais de qualidade, vamos atrair empresas e, consequentemente, conseguir reter estes talentos no nosso Estado”, afirmou o secretário do Planejamento, Guto Silva.

A oferta dos cursos se soma a uma série de iniciativas que visam aproximar a inovação ao ensino público do Paraná, como a oferta de aulas de programação aos estudantes do ensino regular.

“A parceria com o Google proporciona uma chancela ao estudante, que ajuda com que ele saia da escola e tenha mais oportunidades no mercado de trabalho. São medidas como esta que fazem do Paraná a melhor educação técnica do Brasil”, disse o secretário da Educação, Roni Miranda.

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Vídeo: Trump frita batatas no McDonald’s

Vídeo: Trump frita batatas no McDonald’s

Um dos homens mais ricos dos EUA trabalhando no McDonalds?

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump preparou batatas fritas no McDonald’s no estado pêndulo da Pensilvânia neste domingo (20); Não é para brasileiro estranhar, afinal estamos acostumados a ver políticos comendo pastel em feira, cachaça no bar, espetinho em feirinha, claro, só durante as campanhas eleitorais.

No EUA não é diferente. E com este vídeo nem sobra espaço para comentar sobre o que um candidato pode fazer para ser eleito.

Donald Trump trabalhando no McDonald´s.

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Tamanho:1200 x 220
Orientação: Horizontal
Tipo de arquivos*: jpg, png (independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

A arte acima representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.
Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem. Efeito ao passar o mouse.
Local de exibição: barra lateral direita da home page

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Cod. 05

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TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
Este é um anúncio dinâmico que se adapta ao conteúdo. O cliente envia fundo e texto.

  • TÍTULO: Nome da empresa.
  • CHAMADA: Máximo de 40 caracteres, contanto os espaços
  • DESCRIÇÃO: Máximo de 80 caracteres, contando espaços.
  • ASSINATURA: Máximo de 55 caracteres, incluindo espaços.

Recursos: Imagem dinâmica com link externo ao clicar na imagem.
Local de exibição: entre editorias da home page.

BANNER LATERAL
QUADRADO

Cod. 05

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

Tamanho:1000 x 1000
Orientação: Quadrado
Tipo de arquivos*: jpg, png

(independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem.
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BANNER LATERAL VERTICAL

Cod. 04

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

Tamanho:790 x 1280
Orientação: Vertical
Tipo de arquivos*: jpg, png

(independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem.
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