Quais são as metas concretas de revitalização do centro de Curitiba?

Vista parcial da área central de Curitiba. Foto: Nelson Mascaro Junior
Revitalização do centro é um termo muito amplo e pode incluir obras, ações e mudanças de políticas públicas. O recém eleito prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, tem noticiado que ações para a revitalização do centro da cidade estão dentro de seus planos de governo. Mas quais ações concretas pretende-se tomar?
Segundo matéria publicada no site da Prefeitura Municipal de Curitiba, a Prefeitura vai colocar em prática uma série de iniciativas multissetoriais para resolver gargalos do Centro em ações de curto, médio e longo prazo:
Curto prazo: Dividido em dois períodos: o primeiro é para ações que serão iniciadas até os 100 dias de gestão; o segundo, ao longo de 2025, com melhorias de calçamento, de ruas e da iluminação, dobrar as ações de abordagens de oferta de atendimento das pessoas em situação de rua, intensificação das abordagens pela Guarda Municipal e das polícias Civil e Militar para repressão a crimes, como roubos, furtos e tráfico;
Médio Prazo: Ao longo de 2025, com foco na reocupação da região central, com instituição do Aluguel Social;
Longo prazo: Ações que começam até 2028, mas avançam para a próxima gestão, a partir de estudos para incentivos aos empreendedores investirem em retrofit de prédios comerciais e residenciais abandonados.
Ações concretas tomadas até o momento:
1- Em alguns dias o prefeito tem despachado no Paço da Liberdade, segundo ele, para demonstrar compromisso com o centro da cidade.
2- Em tese ações como o fechamento de um trecho da Rua Marechal Deodoro aos domingos, na altura da Praça Zacarias, para atividades de lazer, está entre as ações elencadas pelo prefeito Eduardo Pimentel no plano de redesenvolvimento da região central da cidade.
O discurso do prefeito tem sido o seguinte:
“Vamos melhorar as calçadas, a qualidade do asfalto, a iluminação, cuidar das pessoas em situação de rua e criar incentivos fiscais para os proprietários que reformarem prédios antigos preservando as características originais”, explica o prefeito Eduardo Pimentel.
A questão é que a revitalização do centro necessita de um replanejamento e de obras concretas que envolvem a recuperação, reocupação e promoção de áreas, edificações e a mudança de hábitos que demoram anos para serem realizados. Claro, alguém tem que começar.
As áreas centrais abandonadas, edificações vazias, calçadas irregulares, iluminação insuficiente e outras. não ocorreram no último mês ou no último ano, mas sim em mais de uma década de políticas equivocadas e ações erráticas quanto a gestão da área central da cidade. Vamos aguardas pelo melhor.
Não há o que convença um proprietário a investir muito dinheiro na recuperação de um edifício, conservando fachadas originais, se esta edificação não tiver valor comercial. Se não tiver interessados em locar ou comprar. Existem ruas na área central em que não é possível um carro passar junto a calçada, dificultando em muito a ocupação comercial destes edifícios, como ocorre no trecho da Marechal Floriano Peixoto, próximo à Praça Carlos Gomes. A abertura de canaleta não levou em conta a sobrevivência do comercio local. Hoje diversas edificações comerciais tem grande dificuldade em locação, pois não é possível chegar de carro até a loja e não é possível atravessar a rua em diversos pontos, devido as divisórias. E até mesmo pedestres preferem não utilizar as calçadas daquele lado da rua. Existem outras situações na área central da capital paranaense que precisam ser revistas e que incluem replanejamento, mudança no trânsito e grandes obras da prefeitura.
Todos torcem para que o discurso se torne ação e que estas ações sejam grandiosas, transformadoras e que assim como os pontos turísticos, o centro da cidade seja também um cartão postal.

Rua Mal. Floriano Peixoto – Centro de Curitiba. Imagem: Google Maps.
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