Atenção: mudança nas regras de compra de passagens com cartão em Curitiba
A Urbanização de Curitiba (URBS) limitou temporariamente a utilização de cartões de débito e crédito no transporte coletivo para uma vez a cada hora. Anteriormente, era possível pagar até três passagens por viagem/por validador, com intervalo de 15 minutos para mais três utilizações.
Com esta medida, fica inviável a compra de mais de uma passagem com o mesmo cartão, em curto intervalo de tempo. Por isso, por exemplo, se uma família desejar embarcar e usar o cartão de débito ou crédito para pagar a passagem, terá que ter um cartão diferente para cada pessoa da família.
Outro exemplo de problema criado por esta medida, é que se alguém desembarcar e precisar embarcar novamente em um período inferior a uma hora, não poderá fazer a compra com o mesmo cartão.
A medida, preventiva, visa limitar a ação de um grupo criminoso ligado à venda irregular de passagens de ônibus com pagamento por cartões de débito e crédito virtuais, que já provocou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao transporte coletivo de Curitiba, o equivalente a 200 mil passagens.
O esquema criminoso foi descoberto graças a uma ação integrada entre a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a Urbs e a Guarda Municipal. Na última sexta-feira (2/2) foram presas oito pessoas e as investigações continuam.
“A medida foi necessária para limitar a ação dos criminosos, que tentavam passar até três passagens na sequência utilizando cartões virtuais falsos”, diz o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

URBS limitou temporariamente a utilização de cartões de débito e crédito no transporte coletivo para uma vez a cada hora.
Os criminosos simulavam o pagamento da passagem por meio de celular e de um aplicativo e vendiam essas passagens aos usuários a preços mais baratos do que a tarifa (R$ 6). O usuário era abordado, o criminoso se oferecia para pagar a passagem com celular em troca de um valor menor e o passageiro passava na catraca. “Eles ficavam com o valor pago pelo cidadão e a Urbs não recebia nada por transportar o passageiro”, explicou o delegado da Polícia Civil Tiago Dantas.
O esquema, segundo a Polícia Civil, era extremamente organizado. “Eles faziam um rodízio, com turnos de atuação de manhã, tarde e no período noturno. Quando o movimento estava bom, eles vendiam a passagem a R$ 5, quando estava mais fraco, vendiam a R$ 3”, completou.
Não há dúvidas de que a medida poderá auxiliar no sentido de prevenir prejuízos à URBS, mas não há duvidas que a medida é extremamente prejudicial ao usuário que honestamente usa o sistema de transporte coletivo de Curitiba.
Esta atitude da URBS simplesmente limita o direito de locomoção do cidadão, diminui a mobilidade e não tem data para ser revertida. Só a título de exemplo, uma mãe não consegue levar o seu filho para a escola, se ela paga usando seu cartão bancário.
Contato
- Atendimento
- (41) 999-555-006
-
Av. do Batel, 1750 – S215
Curitiba – PR