Boas práticas para evitar dengue
“Quem viaja para regiões onde há epidemia de dengue, precisa se prevenir. Além do protetor solar, é preciso também lembrar do uso de repelentes”, alerta a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
A proteção contra picadas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya é necessária principalmente ao longo do dia, pois o Aedes aegypti tem hábitos diurnos e geralmente se esconde embaixo de mesas, camas e pica braços e pernas. O repelente deve ser reaplicado periodicamente, tendo em vista que com o suor ele pode perder o efeito.
Quando a pessoa está em área de grande infestação, também é importante a utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado para manter os ambientes fechados e evitar a entrada dos mosquitos.
Caso adoeça, é preciso ficar atento aos sintomas característicos da dengue. A presença de febre alta (usualmente entre 2 e 7 dias) associada a dois ou mais dos seguintes sintomas são indícios da doença: náuseas ou vômitos, manchas vermelhas no corpo, dor no corpo e articulações, dor de cabeça ou dor atrás dos olhos, mal-estar e falta de apetite.
“São sintomas que podem facilmente ser confundidos com os de outras doenças, por isso um diferencial para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado é relatar que esteve em região com casos de dengue”, diz a médica infectologista da SMS, Marion Burger.
Caso os sintomas sejam leves, o curitibano pode procurar atendimento pela Central Saúde Já pelo telefone 3350-9000. Se necessário, poderá ser feita consulta médica por vídeo por meio do aplicativo Saúde Já Curitiba. Já situações mais complexas, a pessoa pode procurar sua unidade de referência ou uma UPA da cidade.
A partir da suspeita do diagnóstico de dengue, a equipe de saúde vai indicar o tratamento adequado e o acompanhamento do paciente. As equipes de vigilância ambiental serão responsáveis pelo “bloqueio”, que é uma vistoria na região onde a pessoa mora para verificar se há focos do mosquito transmissor e se há mais casos suspeitos de dengue.
Outro alerta importante para quem contraiu a doença, seja em viagem ou na cidade, é o uso de repelentes durante os primeiros sete dias de sintomas, período agudo da dengue, explica Marion.
“Todo caso suspeito deve ser notificado e acompanhado para evitar o agravamento. O uso de repelentes nesse período visa afastar o risco de contaminação dos mosquitos e retransmissão da dengue na região onde a pessoa vive”, orienta.