Gaza x Israel: ajuda humanitária chega com morte

Gaza x Israel: ajuda humanitária chega com morte

38 caminhões com ajuda humanitária chegaram do Egito na cidade de Gaza. Alimentos e medicamentos faziam parte do carregamento que traria maior chance de sobrevivência ao povo que enfrenta 5 meses de bloqueio total de Israel.

Há pouco para muitos que estão desesperados. É insuficiente o que trazem. A multidão se agita. Há empurrões e desordem. Mas o comboio está protegido pelos soldados de Israel, já que o Direito Internacional Humanitário prevê que a força ocupante é a responsável por isso. 

Em meio a este caos, os soldados israelenses disparam contra a multidão faminta. O resultado é a morte de mais de 110 pessoas e pelo menos 800 feridos.

Para aqueles que assistem a guerras em seus computadores e jogos, vendo armamentos tecnológicos e se admirando com a tecnologia de disparos, canhões, drones e aviões… Talvez seja apropriado saber que isto que noticiamos aqui é mais real. Isto é guerra. Sofrimento e morte.

Vitimas de uma guerra sem nenhum respeito pela vida.

Agora as versões, claramente serão contraditórias. Morreram pelo tumulto, atropelados… A culpa foi da multidão?

Testemunhas e sobreviventes disseram que disparos das forças israelenses atingiram a multidão e os caminhões de ajuda humanitária — segundo Mohammed Salha, diretor interino do hospital al-Awda, que tratou 161 pessoas feridas no incidente, a maioria delas parecia ter sido atingida por tiros.

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Brasil está próximo de 1 milhão de casos de dengue

Brasil está próximo de 1 milhão de casos de dengue

Segundo o site do Ministério da Saúde, o Brasil mostra-se próximo de um milhão de casos de Dengue, mais de 670 óbitos em investigação e 207 óbitos já confirmados.

Acesso a informação

O painel atualizado com casos de Dengue pode ser acessado AQUI.

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves, inclusive virem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Coeficiente de incidência dos casos prováveis (por 1oo mil habitantes).

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Na Guiana, Lula fala para a América Latina e para o mundo

Na Guiana, Lula fala para a América Latina e para o mundo

O presidente Lula teve discurso forte e grande apoio em sua passagem pela Guiana. Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta quarta-feira (28), no encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), as agendas em comum do Brasil com os países da região e prometeu abrir rotas de conexão e ampliar a parceria. “O Brasil voltou a olhar para seu entorno, ciente de que somente juntos lograremos uma inserção internacional robusta”, afirmou em Georgetown, na Guiana. 

Lula fala aos países da América Latina no encerramento do 46º Caricom.

“Vemos no bloco um parceiro econômico promissor e um interlocutor político estratégico. O Brasil já é o quinto maior fornecedor da Caricom. Nossa corrente de comércio foi de US$ 2,7 bilhões no ano passado, mas já havia superado US$ 5 bilhões em 2008, o que demonstra seu potencial de crescimento”, disse.

Segundo ele, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil) identificou mais de mil oportunidades de inserção de produtos brasileiros nos países da Comunidade. “Ocorre que bens e serviços não circulam onde não há vias abertas. Belém, Boa Vista e Manaus estão mais próximas de capitais do Caribe do que de outras grandes cidades brasileiras”, acrescentou.

A Guiana exerce, durante o primeiro semestre de 2024, a presidência temporária do grupo. Estabelecida em 1973, a organização, com sede em Georgetown, busca promover a integração econômica, o desenvolvimento social, a coordenação da política externa e a cooperação em segurança entre seus membros. Ela é integrada por 15 países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago. Em extensão, os países da Caricom somam um território equivalente ao estado de Mato Grosso do Sul.

Sobre integração, o presidente destacou o projeto de abertura de estradas e outras formas de ligação aérea, fluvial e marítima com os países da região.

“Nosso maior obstáculo é a falta de conexões, seja por terra, por mar ou pelo ar. Uma das rotas de integração e desenvolvimento prioritárias para meu governo é a do Escudo Guianense, que abrange a Guiana, o Suriname e a Venezuela. Queremos, literalmente, pavimentar nosso caminho até o Caribe. Abriremos corredores capazes de suprir as demandas de abastecimento e fortalecer a segurança alimentar da região”, destacou.

O presidente comentou sobre o fato de o Brasil e os países da Caricom convergirem em 80% das votações na Assembleia Geral da ONU. E prometeu fazer uma doação financeira ao Banco de Desenvolvimento do Caribe, ao qual o Brasil se associou em 2010.

Combate à fome e às mudanças climáticas

Durante o discurso, de aproximadamente 30 minutos, Lula abordou problemas centrais que atingem o Caribe, como a insegurança alimentar, que afeta metade da população caribenha, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas e os efeitos das mudanças climáticas, que têm impactos ainda mais graves em países insulares e tropicais.

“Quero ressaltar que esses dois problemas estão no centro dos debates travados pelo Brasil nos fóruns internacionais. Quero ressaltar também que esses dois problemas têm a mesma raiz: a desigualdade. Portanto, a luta do contra a desigualdade no mundo é também a luta das populações caribenhas. Não é possível que num planeta que produz comida suficiente para alimentar toda a população mundial, cerca de 735 milhões de seres humanos não tenham o que comer”, observou.

O presidente aproveitou para criticar e cobrar que os países ricos, os que mais poluíram o planeta ao longo dos últimos séculos para se industrializar, até o momento não cumpriram a promessa de financiar a transição ecológica e para adaptação das nações mais pobres.

“Não é possível que os países ricos, principais responsáveis pela crise climática, continuem descumprindo o compromisso de destinar US$ 100 bilhões anuais aos países em desenvolvimento, para o enfrentamento da mudança do clima. Não é possível que o mundo gaste por ano US$ 2,2 trilhões em armas”.

Citando o desafio brasileiro de sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), que será realizada em Belém, daqui a dois anos, o presidente pediu união de esforços para cumprir a meta de manter o aumento da temperatura global em até 1,5º C acelerando a implementação dos compromissos já assumidos e adotando metas mais ambiciosas em 2025.

Lula falou também sobre o impacto das guerras em curso no planeta e que causam destruição, sofrimento e mortes, sobretudo de civis inocentes, e citou a guerra na Ucrânia, que, segundo ele, “encarece os preços dos alimentos e dos fertilizantes”, e o conflito na Faixa de Gaza, que ele voltou a classifcar como genocídio.

“Um genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade. E confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares, em vez de investimentos no combate à fome; na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe”, disse.

Agenda no Caribe

Durante a estadia na Guiana, Lula se reunirá com o chefe de governo do país vizinho, Irfaan Ali, quando deve abordar a crise entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo, disputado pelos dois países. Há também uma agenda de trabalho marcada com Ali e o presidente do Suriname, Chan Santokhi, para tratar de temas de interesse trilateral, como energia e integração da infraestrutura física e digital. Lula ainda se encontrará também com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.

Da Guiana, na quinta-feira (29), Lula viaja para o pequeno país insular caribenho de São Vicente e Granadinas, onde participará, no dia 1º de março, da abertura da 8ª cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada em Kingstown, a capital.

Apesar de ser um dos países fundadores da Celac, o governo anterior do Brasil deixou a comunidade, composta por 33 países. A reintegração ao bloco foi uma das primeiras medidas de política externa do presidente Lula no início de 2023, ao assumir o terceiro mandato.

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TSE restringe uso de Inteligência Artificial nas eleições de outubro

TSE restringe uso de Inteligência Artificial nas eleições de outubro

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira (27) uma resolução para regulamentar o uso da inteligência artificial durante as eleições municipais de outubro.

A norma proíbe manipulações de conteúdo falso para criar ou substituir imagem ou voz de candidato com objetivo de prejudicar ou favorecer candidaturas. A restrição do uso de chatbots e avatares para intermediar a comunicação das campanhas com pessoas reais também foi aprovada.

O objetivo do TSE é evitar a circulação de montagens de imagens e vozes produzidas por aplicativos de inteligência artificial para manipular declarações falsas de candidatos e autoridades envolvidas com a organização do pleito.

Os ministros também aprovaram na sessão desta noite diversas resoluções que vão balizar o pleito deste ano.

TSE aprova regulamentações para uso de internet na campanha eleitoral deste ano.

Uso de Redes sociais

Para combater a desinformação durante a campanha, o TSE vai determinar que as redes sociais deverão tomar medidas para impedir ou diminuir a circulação de fatos inverídicos ou descontextualizados. As plataformas que não retirarem conteúdos antidemocráticos e com discurso de ódio, como falas racistas, homofóbicas ou nazistas, serão responsabilizadas.

Armas
O TSE voltou a proibir o transporte de armas e munições no dia das eleições municipais de outubro. A restrição foi adotada na disputa presidencial em 2022 e será inserida na norma geral do pleito deste ano. Conforme a medida, quem tem porte não poderá circular nas ruas com armas e munições entre as 48 horas que antecedem o dia do primeiro ou segundo turnos e nas 24 horas posteriores.

Transporte gratuito
Em outra resolução aprovada, o TSE garantiu que os municípios deverão disponibilizar transporte público gratuito no dia do primeiro e segundo turnos.

Artistas
Após limitações da liberdade de expressão nas eleições passadas, os ministros decidiram que artistas e influenciadores poderão demostrar apoio a candidatos durante suas apresentações, desde que as manifestações sejam de forma voluntária e gratuita.

Fundo de Campanha
Sobre o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), os partidos deverão informar em suas páginas na internet o valor total recebido dos cofres públicos e os critérios adotados para distribuir as quantias para os candidatos

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MEC divulga 2ª chamada do Prouni

MEC divulga 2ª chamada do Prouni

O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje (27) a lista dos candidatos pré-selecionados na segunda chamada da oferta de bolsas da edição 2024 do Programa Universidade para Todos (Prouni).  A lista ficará disponível no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Na primeira edição, serão ofertadas 406.428 bolsas, sendo 308.977 integrais e 97.451 parciais em 15.482 cursos de 1.028 instituições.

De acordo com o MEC, esta é a maior oferta de bolsas desde a criação do programa em 2005. O candidato pré-selecionado deve entregar a documentação na instituição de ensino superior para comprovação dos dados informados na inscrição no período de 27 de fevereiro a 7 de março. A apresentação pode ser feita presencialmente na instituição ou por meio eletrônico.

A primeira chamada ocorreu no dia 6 de fevereiro.

Portal do PROUNI já tem os resultados para consulta.

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Bolsonaro não faz um bom discurso durante a sua manifestação, segundo analistas

Bolsonaro não faz um bom discurso durante a sua manifestação, segundo analistas

A manifestação de apoio à democracia, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, reuniu um grande público que preencheu 7 quadras da avenida paulista, neste domingo (25). 

Os apoiadores de Bolsonaro foram obedientes quanto ao pedido do ex-presidente e não levaram bandeiras partidárias ou faixas de críticas ao STF.  Tudo parecia perfeito para o principal objetivo do evento, que era o fortalecimento de Bolsonaro, no momento em que ele corre risco de prisão, pelas investigações da Polícia Federal, sobre plano de golpe de estado.

Mas as falas de Bolsonaro tiveram outro efeito.

7 quadras da Paulista de apoio a Bolsonaro.

São diversas as análises de jornalistas, juristas e até de ministros, de que as falas de Jair Bolsonaro o colocaram em uma posição ainda mais delicada.

Segundo interpretações, ao pedir em seu discurso que houvesse anistia aos presos de 18 de janeiro, ele teria admitido o crime.  Esta é na verdade uma extrapolação do que disse o ex-presidente, que apontava em seu discurso penas pesadas demais em alguns casos.

Outros pontuam que durante o discurso Jair Bolsonaro não negou e até admitiu a existência de um documento de planejamento de plano golpista.

Novamente uma análise sem novidades. Pois a existência deste documento nunca foi negada, o ocorre é a interpretação deste documento e sua autoria.

De toda forma duas coisas foram factuais neste evento: o apoio de público e de autoridades presentes e um Jair Bolsonaro bem diferente daquele que atacava sem medir consequências.

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Lula deve abordar crise entre Guiana e Venezuela na viagem ao Caribe

Lula deve abordar crise entre Guiana e Venezuela na viagem ao Caribe

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com o chefe de governo da Guiana, Irfaan Ali, na próxima quinta-feira (29), em Georgetown, capital do país vizinho, para debater a agenda bilateral. A viagem de Lula tem como principal compromisso a participação, como convidado especial, do encerramento 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), mas o encontro do anfitrião com o presidente brasileiro está confirmado. Um dos assuntos que eles deverão discutir é a crise entre Guiana e Venezuela pelo território de Essequibo, disputado pelos dois países

Lula é mediador natural do conflito entre Guiana e Venezuela.

“Temos boas relações com a Venezuela, boas relações com a Guiana. O presidente Lula está indo porque foi convidado para se reaproximar da Caricom. Agora, ele estando lá, não vai perder a oportunidade de se reunir com o presidente Ali e apresentar uma agenda bilateral. Talvez ele felicite o presidente Ali por ter aceitado sentar-se com a Venezuela para tentar resolver a crise”, comentou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em entrevista na última sexta-feira (23) para tratar da viagem.

Questionada por jornalistas sobre o papel do Brasil na mediação da crise, Padovan enfatizou a neutralidade do governo na questão e a busca por uma solução negociada. “O Brasil não se manifesta a respeito do cerne da questão entre Guiana e Venezuela, porque não nos compete. O que nos compete é facilitar o diálogo, a nossa posição se baseia em defender que o problema e a solução são uma questão bilateral, de respeito aos tratados internacionais, que é base da nossa Constituição”, argumentou.

Em dezembro de 2023, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, assinaram declaração conjunta em que os dois países se comprometem a não usar a força um contra o outro na disputa pelo território. O documento foi assinado durante reunião na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, mediada pelo primeiro-ministro Ralph Gonsalves, com quem Lula também deve se encontrar, na próxima sexta-feira, dia 1º de março, no próprio país insular, onde o presidente brasileiro participará da abertura da 8ª cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que será realizada em Kingstown, a capital. A viagem ocorre na sequência da visita à Guiana.

Em janeiro deste ano, em Brasília, foi realizada a segunda rodada de diálogo sob mediação do governo brasileiro, por meio do chanceler Mauro Vieira, e dos governos de São Vicente e Granadinas – país que está na presidência temporária da Celac, e de Dominica, nação que preside temporariamente a Caricom. Desde a eclosão da crise, os três países têm atuado como principais interlocutores na busca de uma solução pacífica.

“Por enquanto, a gente não resolveu o problema, não é um problema simples, mas conseguimos que os países se sentassem e começassem um diálogo, que não é curto, não é simples, mas começou”, observou a embaixadora Gisela Padovan.

No fim do ano passado, a Venezuela realizou consulta popular que aprovou a incorporação de Essequibo, região disputada pelos dois países há mais de um século, que perfaz quase 75% do território da Guiana. O governo venezuelano também autorizou a exploração de recursos naturais na região e nomeou um governador militar para área. Foi o estopim para que as tensões entre os dois países aumentassem desde então. O governo brasileiro chegou a reforçar a presença as tropas militares em Roraima, que faz fronteira com os dois países, e vem defendeu a resolução da controvérsia entre as duas nações por meio de um diálogo mediado. O Brasil é o único país que faz fronteira simultânea com Guiana e Venezuela, e um eventual conflito militar poderia ameaçar parte do território brasileiro em Roraima.

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Deputada é multada pelo TSE por divulgar fake news

Deputada é multada pelo TSE por divulgar fake news

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou multa de R$ 30 mil à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por divulgar, durante campanha eleitoral de 2022, postagens em redes sociais que disseminam fake news sobre o processo eleitoral brasileiro e o aplicativo e-Título. A conduta foi considerada pelo Plenário como propaganda eleitoral irregular na internet. Outros dois citados no processo – Darcio Bracarense e Inácio Florêncio Filho – também foram multados em R$ 15 mil (cada) por criação e divulgação de informações falsas.

Deputada federal Carla Zambelli é multada pelo TSE por fake news.

As publicações enganosas afirmavam que o QR Code contido na nova versão digital do título eleitoral contabilizaria de forma automática votos em benefício do então candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva. Outras publicações compartilhadas pela parlamentar e pelos demais representados diziam que o “sistema da Justiça Eleitoral estaria fazendo campanha antecipada para o Lula” por meio do QR Code do app. Todas as postagens já haviam sido removidas das plataformas a partir de decisão tomada pelo ministro Raul Araújo, em 2022.

Na sessão de julgamento desta terça, os ministros decidiram pela condenação por unanimidade, mas houve divergência do ministro Nunes Marques com relação ao valor da multa à Zambelli – ele propôs a quantia de R$ 15 mil. O relator do processo, ministro Floriano de Azevedo Marques, destacou que o valor fixado leva em consideração o cargo político ocupado por Zambelli e também a reincidência na conduta, já que a deputada continuou a propagar as notícias falsas mesmo após divulgação de checagem pelo TSE e demais agências de notícias.

O comportamento também foi ressaltado pela vice-presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia. “Eu me preocupo de uma forma muito especial com o dolo eleitoral, que se configura em casos como este, nos quais a pessoa sabe que não pode adotar o comportamento, sabe que é falso e, ainda assim, propaga com um dolo muito específico”, acrescentou a ministra.

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Bolsonaro e sua convocação para protesto na Paulista

Bolsonaro e sua convocação para protesto na Paulista

O ex-presidente, Jair Bolsonaro, convocou para amanhã (25) um protesto na Avenida Paulista, em São Paulo. 

Em um vídeo nas redes sociais, Bolsonaro pediu que seus apoiadores façam uma manifestação “séria, disciplinada e pacífica” no domingo (25) e que o movimento se restrinja apenas à capital paulista.

Segundo ele, o protesto vai defender “nosso Estado democrático de direito e nossa liberdade”. Ao final da mensagem, Bolsonaro pediu que os manifestantes evitem levar faixas contra “quem quer que seja”.

Ex-presidente Jair Bolsonaro.

A convocação do ex-presidente precisa ser analisada dentro de alguns contextos.  O primeiro é que ela ocorre no momento em que Jair Bolsonaro passa a ser investigado sobre sua suposta participação em uma trama para dar um golpe de estado, segundo a operação Tempus Veritatis.

Neste contexto uma demonstração de popularidade, com grande concentração de apoiadores, poderia, em tese, dificultar um pedido de prisão do ex-presidente.

Outro contexto são as investigações e pesadas penas aplicadas aos manifestantes envolvidos no ato antidemocrático de 8 de janeiro.  Este contexto faz com que a convocação seja feita com falas que buscam deixar claro que o ato é absolutamente pacífico. Nas palavras do ex-presidente  “séria, disciplinada e pacífica.”  Uma manifestação diferente disto, poderia agravar a situação do ex-presidente.

Apesar de estar inelegível até 2030, uma demonstração de força e poder poderá dar ao ex-presidente força política suficiente para reverter sua atual situação. Não de forma tão rápida, é claro. 

Em um país onde condenações e prisões são revertidas em liberdade e direitos políticos que garantem a livre participação em eleições, não seria de se estranhar de a punição política (ilegibilidade) de Bolsonaro fosse revertida antes das próximas eleições. Por outro lado, também não seria de se estranhar que ele tenha sua prisão decretada.

Por isso o ato que Bolsonaro convocou é de extremo risco para o ex-presidente.  Se o comparecimento for forte, e obediente a ele, sua popularidade e liderança se confirmarão. Se o ato for desordeiro, fica complicado.

Por outro lado se o ato não tiver uma adesão suficiente, mostrará que sua liderança e força política não são o suficientes para proteger Bolsonaro.

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Lula chama guerra em Gaza de genocídio e critica “hipocrisia”

Lula chama guerra em Gaza de genocídio e critica "hipocrisia"

No final da semana passada, durante uma entrevista, o presidente Lula, citou o que ocorre na Faixa de Gaza, como genocídio e estabeleceu uma comparação entre o que ocorre e o que já ocorreu com judeus na segunda guerra mundial.

Diante desta comparação houve uma postura de raiva, violência diplomática e ações das mais diversas por parte de Israel, que inclusive declarou o presidente brasileiro “persona não grata”.

Mais que isso, em uma demonstração de absoluta falta de conduta ética na diplomacia mundial, Israel publicou fake news sobre a fala do presidente, atribuindo a ele falas que não constam na entrevista. 

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, rebateu no início da semana (20/2), por meio das redes sociais, o governo de Israel por ataques ao presidente Lula (PT). Pimenta disse que o governo de Benjamin Netanyahu “adota prática da extrema direita e aposta em fake news”, e que o chanceler de Israel, Israel Katz, “distribui conteúdo falso atribuindo a Lula opiniões que jamais foram ditas por ele”.

Em discurso Lula volta a condenar Israel por genocídio.

Pimenta acrescentou ainda que “isolado, o governo de Israel adota prática da extrema-direita e aposta em Fake News para tentar se reafirmar interna e internacionalmente”.

Para o atual ministro de Israel, Katz, a comparação feita pelo presidente brasileiro é “promíscua” e “delirante”, e uma “vergonha para o Brasil”. O chanceler disse ainda que não é tarde para Lula pedir desculpas e reiterou que, até lá, o presidente brasileiro continua sendo persona non grata em Israel.

A postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Fortalecido durante as reuniões do G20 e com apoio da comunidade internacional, que observou a reação desproporcional, e envolvida em mentiras e ações diplomáticas execráveis, por parte de Israel, o presidente pede:

Não tentem interpretar a entrevista que dei na Etiópia, leiam a entrevista. Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não está morrendo soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio“, completou Lula.

 

A fala do presidente Lula foi enfática ao em novo discurso, ontem (23), no lançamento do programa Petrobras Cultural, no Rio de Janeiro, voltando a classificar o conflito militar como genocídio e responsabilizou o governo de Israel pela matança que já vitimou cerca de 30 mil civis, principalmente mulheres e crianças palestinas. 

Quero dizer para vocês, agora, eu não troco a minha dignidade pela falsidade. Quero dizer a vocês que sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado Palestino, viver em harmonia com o Estado de Israel. E quero dizer mais: o que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças“, afirmou o presidente.

Hipocrisia

O presidente ainda afirmou que o governo brasileiro trabalha para uma reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que inclua representações permanentes de países da América Latina, da África, da Índia e outras nações. Ele ainda criticou os vetos do governo dos Estados Unidos às resoluções da ONU para um cessar-fogo em Gaza e, sem citar nomes, chamou de “hipócrita” a classe política pela inação diante dos conflitos em curso.

Somente quando a gente tiver um conselho [de segurança] da ONU democrático, com mais representação política, e somente quando a classe política deixar de ser hipócrita, somente quando ela encarar as verdades. Não é possível que as pessoas não compreendam o que está acontecendo em Gaza. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade com milhões de crianças que vão dormir todo santo dia com fome, porque não têm um copo de leite, apesar do mundo produzir alimento em excesso“, afirmou.

O presidente apelou por mais política para a solução de guerras. “É importante que as pessoas saibam enquanto é tempo de saber. Nós precisamos ter consciência que o que existe no mundo hoje é muita hipocrisia e pouca política. A gente não pode aceitar guerra na Ucrânia, como não pode aceitar a guerra em Gaza, como não pode aceitar nenhuma guerra“, concluiu.

No Brasil

No Brasil a reação dos políticos não foi outra. Aproveitaram a polêmica para rapidamente abrir uma lista de assinatura para pedir impeachment do presidente da república. Ao invés de fortalecer a posição de liderança do Brasil, justamente quando o país sediou a reunião do G20, de fortalecer a posição do país em sua política internacional, a busca pelo poder foi a grande força que impulsionou os políticos brasileiros neste episódio. E quando querem se mobilizar para o poder, eles são muito rápidos.

O pedido de impeachment contra Lula foi protocolado nesta quinta, 22. Dificilmente este pedido deverá seguir no senado, pois não há base para que ele seja realmente continuado. De toda forma é um movimento político da oposição que visa enfraquecer o governo atual. Mas com política não se brinca, especialmente na frágil democracia brasileira.

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