Manifestações pelo fim da escala 6×1 tomam o Brasil

Manifestações pelo fim da escala 6x1 tomam o Brasil

O tema ganhou força nas redes sociais na última semana a partir do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), encabeçado pelo vereador eleito do Rio de Janeiro (RJ) Rick Azevedo (PSOL). Em seu perfil no X (antigo Twitter), o parlamentar divulgou a convocação de atos para 26 cidades nesta sexta-feira.

Capitais como Brasília, Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro também tiveram manifestações ao longo do dia. Em São Paulo, o ato ocorreu na Avenida Paulista durante a manhã, com pessoas carregando cartazes com críticas à atual escala.

Na quarta-feira, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala 6×1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), atingiu o quórum de assinaturas necessário para começar a tramitar na Câmara dos Deputados. Na quinta-feira (14), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu a medida sem redução salarial. Ele caracterizou a jornada atual como sendo “cruel”.

Em Brasília manifestantes se reúnem para apoiar o fim da escala 6×1.

Porto Alegre
Centenas de manifestantes se reuniram  na tarde desta sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República, para protestar pelo fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho, um de descanso). A manifestação teve início às 15h em frente à Usina do Gasômetro.

Brasília
Pessoas participam de ato em defesa do fim da jornada 6×1, realizado na Rodoviária do Plano Piloto.

Curitiba
O protesto reuniu pessoas na Praça Santos Andrade, embora o número de participantes não tenha sido grande, mostrou que a mobilização nacional ocorreu.

Foram diversas capitais pelo Brasil, que aderiram ao movimento nestes feriado.

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Gilmar Mendes vota para colocar jogador Robinho em liberdade

Gilmar Mendes vota para colocar jogador Robinho em liberdade

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (15) para colocar em liberdade imediata o ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho.

O julgamento do habeas corpus ocorre no plenário virtual da corte e foi retomado após a devolução do pedido de vista de Gilmar Mendes, feito em 23 de setembro. Até a tarde desta sexta-feira, o placar do julgamento virtual está 3 a 1 para manter prisão, pois os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin já votaram.

Fux é o relator da matéria. Os demais ministros da corte devem inserir o voto no sistema até 26 de novembro, quando se encerra o julgamento.

A defesa do ex-jogador de futebol Robinho entrou com novo pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). Em março deste ano, Robinho foi preso em Santos (SP) e segue detido em Tremembé, a 150 quilômetros de São Paulo para cumprir a pena de nove anos de detenção.

Voto de Gilmar Mendes


Em seu voto de 37 páginas, o ministro Gilmar Mendes comentou a não aplicação do art. 100 da Lei de Migração, de 2017, que permite a homologação de sentença penal estrangeira. Para Mendes, a chamada Transferência de Execução da Pena (TEP) para este caso do ex-atacante do Milan não se aplica porque não pode retroagir ao crime cometido em 2013.

“Compreendendo igualmente que o referido art. 100 não pode ter eficácia retroativa, destaco passagem doutrinária segundo a qual “[A lei de Migração] não é possível fazê-la retroagir para prejudicar o réu, por ser norma notadamente mais gravosa aos direitos do condenado.”

O magistrado ainda entende que o caso poderia ter sido julgado pela Justiça do Brasil. “A não incidência do instituto da transferência da execução de pena à espécie ora decidida não gera impunidade alguma, pois nada impede que a lei brasileira venha a alcançar a imputação realizada na Itália contra o paciente”, escreveu em seu voto.

Gilmar Mendes afirma que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de homologar a condenação da justiça estrangeira, com a consequente prisão imediata, impede a análise do recurso extraordinário ajuizado pelos advogados da defesa de Robinho.

“Partindo da premissa de que a decisão homologatória proferida pelo STJ desafia ainda recurso extraordinário a ser julgado por este Supremo Tribunal (art. 102, III, ‘a’, da CR), vê-se que, a prosperar o entendimento vertido pelo STJ (sufragado pelo eminente relator), o acusado seria imediatamente recolhido ainda quando tivesse pendente de exame recurso extraordinário interposto.”

Histórico

A condenação foi executada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar a sentença da Justiça da Itália que condenou brasileiro em três instâncias por estupro coletivo cometido contra uma mulher de origem albanesa.

De acordo com as investigações, o crime ocorreu dentro da boate chamada Sio Café, de Milão (IT), em janeiro de 2013. A sentença italiana havia determinado a prisão imediata do brasileiro, mas o ex-jogador já se encontrava no Brasil.

O início da carreira de Robinho foi no Santos Futebol Clube e ele atuou diversas vezes na seleção brasileira de futebol. Registrou passagem pelos clubes de diversas partes do mundo, entre eles os europeus Real Madrid, da Espanha; Manchester City, da Inglaterra; e o italiano Milan; além de Guangzhou Evergrande, da China e outros.

De volta ao Brasil, Robinho ainda jogou pelo Atlético Mineiro e retornou ao clube que o revelou, o Santos. Oficialmente, o condenado não joga desde 2020 e, em julho de 2022, o próprio jogador anunciou sua aposentadoria.

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Nota do STF sobre incidente na Praça dos Três Poderes

Nota do STF sobre incidente na Praça dos Três Poderes

Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF.

O presidente do STF falou por telefone com o presidente da República, com o diretor-geral da PF e com a vice-governadora do DF. Também por mensagem com o governador do DF. Está acompanhando a ocorrência e diretamente em contato com a segurança do STF.

Os prédios do Supremo Tribunal Federal passarão por uma varredura completa para verificação de eventuais artefatos na madrugada e manhã desta quinta-feira (14). O expediente foi suspenso até o meio-dia em todos os prédios, e a situação será reavaliada ao longo da manhã.

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Confira o gabarito oficial do Enem 2024

Confira o gabarito oficial do Enem 2024

O Inep enfim divulgou o gabarito oficial das provas do Enem 2024!

Todos os gabaritos e provas do Enem 2024 podem ser acessados no site oficial do Inep.  Mas para facilitar, vamos colocar os links dos gabaritos no final desta matéria.

Antes de conferir sua prova, é importante  lembrar que uma questão de física foi anulada. A pergunta, que abordava a eficiência energética de uma cafeteira elétrica, apareceu em diferentes posições nos cadernos: número 124 no verde, 100 no cinza, 129 no azul e 102 no amarelo.

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Fernado Collor é condenado a 8 anos e 10 meses de prisão

Fernado Collor é condenado a 8 anos e 10 meses de prisão

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (14) manter a condenação do ex-presidente Fernando Collor a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos processos da Operação Lava Jato.

Na semana passada, a Corte formou maioria para rejeitar os recursos da defesa para reformar a condenação. Contudo, um pedido de destaque feito pelo ministro André Mendonça retirou o caso do plenário virtual e levou o julgamento para o plenário presencial.

O placar de 6 votos a 4 foi obtido com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Para o ministro, não há irregularidades na decisão que condenou Collor.

“A decisão recorrida analisou com exatidão a integralidade da pretensão jurídica deduzida, de modo que, no presente caso, não se constata a existência de nenhuma dessas deficiências”, argumentou o ministro.

Além de Moraes, votaram para manter a condenação os ministros Edson Fachin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Dias Toffoli, Gilmar Mendes, André Mendonça e Nunes Marques votaram pela redução da pena de Collor para quatro anos por entenderem que houve erro na dosimetria da pena. Cristiano Zanin se declarou impedido para julgar o caso.

Em maio do ano passado, o tribunal entendeu que Collor, como antigo dirigente do PTB, foi responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras, e recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas em contratos da empresa. Segundo a denúncia, os crimes ocorreram entre 2010 e 2014.

Dois ex-assessores de Collor também foram condenados, mas poderão substituir as penas por prestação de serviços à comunidade.

Fernando Collor de Melo

Fernando Color será preso?

Com a maioria formada no Supremo Tribunal Federal (STF) para manter a condenação do ex-presidente Fernando Collor, sua pena não deve começar a ser cumprida imediatamente. Ainda há uma série de passos a serem concluídos no andamento do processo até que Collor tenha de ir à prisão.

Collor recorreu contra a decisão da Corte, de maio de 2023, que o condenou a oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em regime fechado.

O primeiro fator para que o ex-presidente não comece a cumprir a sua pena imediatamente é o prazo para o fim do julgamento — mesmo com a formação de maioria, a análise do caso ainda não terminou.

O processo tramita no plenário virtual da Corte, onde os ministros apenas depositam os seus votos no sistema do STF.

Por esse motivo, o julgamento fica disponível para que os ministros votem até uma data limite, que no caso é a próxima segunda-feira (11). A análise do recurso foi iniciada no último dia 1º de novembro.

Possibilidades
Se algum dos magistrados remanescentes decidir pedir vista, ou seja, suspender o julgamento para ter mais tempo para analisar o processo, o caso só será liberado para ser julgado novamente em um prazo de 90 dias. Além disso, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, teria que pautá-lo no calendário do Supremo.

Outra possibilidade é a de que um dos ministros peça destaque. Caso ocorra, o julgamento terá seus votos zerados e será levado ao plenário físico da Corte. Para isso acontecer, Barroso teria que decidir a data para colocá-lo em pauta.

Novo recurso
Quando o julgamento terminar, ainda há outro fator que pode adiar a prisão de Collor. A defesa do ex-presidente pode apresentar um novo recurso: os embargos dos embargos.

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Carro bomba explode na praça dos 3 poderes, Homem bomba explode na frente ao STF

Carro bomba explode na Praça dos Três Poderes, Homem bomba explode na frente ao STF

Na noite de ontem (13) um homem dirigiu seu carro até a Praça dos Três Poderes em Brasília, estacionou no Anexo IV da Câmara dos Deputados e se dirigiu andando até a sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

Desconfiando da aproximação deste homem, seguranças se aproximaram dele, para impedir seu avanço. Não conseguiram chegar perto, pois ele começou a lançar fogos de artifício na direção da estátua “A Justiça” e dos edifícios, além disso ele mostrou portar mais explosivos. No entanto, também não conseguiu avançar sua posição em direção ao STF.

Ele era Francisco Wanderley Luiz e tinha 59 anos, chaveiro em Rio do Sul (SC), cidade de 72 mil pessoas na região do Alto Vale do Itajaí, a 200 km de Florianópolis. Em 2020, ele concorreu a vereador pelo PL na cidade usando o nome Tiü França, mas recebeu apenas 98 votos e não foi eleito.

Em depoimento, um guarda do STF relatou  à Polícia Civil do Distrito Federal ter presenciado o momento em que o homem explodiu bombas na Praça dos Três Poderes, próximo a uma estátua da Justiça.

“O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua. O indivíduo retirou da mochila alguns artefatos e com a aproximação dos seguranças do STF, o indivíduo abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem”, diz trecho do Boletim de Ocorrência da Polícia Civil.

Em seguida, ele teria se deitado no chão e aguardado a bomba explodir.

JAIR BOLSONARO

Em nota o ex-presidente Jair Bolsonado manifestou-se sobre o ocorrido:

“Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente, e que a força dos argumentos valha mais que o argumento da força. A defesa da democracia e da liberdade não será consequente enquanto não se restaurar no nosso país a possibilidade de diálogo entre todas as forças da nação”, afirma Bolsonaro.

Imagens do circuito de segurança confirmam que após abordagens de seguranças, o homem agiu segundo o depoimento dado a Polícia Civil. Assista ao vídeo.

Em suas redes sociais Francisco já havia declarado intensões e ameaças com uso de bombas. Entre as mensagens publicadas, havia críticas ao STF.

“Tudo o que já foi feito para obtermos melhorias em nosso País e nada deu resultados!!! É hora de mudarmos os caminhos e ações!!! Onde está o grande problema? No judiciário (STF).” Publicou.

Suas páginas em redes sociais estão removidas.

ALEXANDRE DE MORAES

A voz mais ouvida do STF é sem dúvidas a de Alexandre de Moraes. Suas falas são hoje mundialmente replicadas como a voz do STF. Diante do ocorrido o Ministro Alexandre de Moraes discursou afirmando  que a pacificação é necessária, mas sem anistia a criminosos (em relação aos detidos em 8 de janeiro).

“Ontem é uma demonstração de que só é possível essa necessária pacificação do país com a responsabilização de todos os criminosos. Não existe a possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”

“Nós sabemos, e vocês do Ministério Público sabem, que o criminoso anistiado é o criminoso impune. E a impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem. As pessoas acham que podem vir até Brasília, tentar entrar no STF para explodir o STF. Porque foram instigadas por muitas pessoas, lamentavelmente várias com altos cargos na República.”

 
Até o momento do fechamento desta matéria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não havia se pronunciado sobre o ocorrido, mantendo hoje a sua agenda normal no Palácio do Planalto.

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Fux determina que governo proíba uso de benefícios sociais em bets

Fux determina que governo proíba uso de benefícios sociais em bets

Esta é mais uma daquelas situações onde o poder legislativo demora para agir e o poder judiciário acaba tendo que legislar através de leis.

O que ocorre é que o TSE deveria julgar méritos baseado em uma legislação aprovada pelo povo, representado pelos deputados e senadores (poder legislativo). Mas com certa frequência o judiciário que deveria julgar e fazer cumprir tais leis, tem legislado.  Desta forma, diante da inércia do legislativo, o judiciário novamente toma a frente. 

A inércia de que falamos aqui não é atribuída por nossa matéria, mas sim pela própria declaração de Fux, na expressão “Periculum in mora”, que ele usou em sua determinação. Esta expressão em latim é um jargão jurídico que significa “perigo na demora”.  Fux usou tal expressão em sua decisão sobre o uso de valores de benefícios sociais, como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC), que estão sendo aplicados em apostas on-line, as chamadas “bets”. 

É ainda interessante notar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra normas que permitem a exploração e a divulgação de apostas baseadas em eventos esportivos (bets) e em eventos de jogos on-line (casas de apostas virtuais). Segundo a PGR, as leis não preveem mecanismos suficientes para proteger direitos fundamentais, bens e valores previstos na Constituição Federal .

A Lei das Bets já está sendo questionada no STF pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na ADI 7721. Foi nos autos desta ação que o ministro Luiz Fux (relator) convocou a audiência pública que terminou ontem (12) no STF.

Na decisão, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou que o governo adote “medidas imediatas de proteção especial” que impeçam o uso de recursos provenientes de programas sociais e assistenciais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na decisão, Fux estabelece, ainda, que regras previstas na Portaria nº 1.231/2024 sobre a proibição de ações de comunicação, de publicidade e propaganda e de marketing dirigidas a crianças e adolescentes tenham “aplicação imediata”.

“A presente decisão tem caráter liminar, submetida ao referendo do plenário do Supremo Tribunal Federal, independentemente de sua eficácia imediata”, ressaltou o ministro.

Embora a portaria que regulamenta a publicidade voltada a crianças e adolescentes tenha entrado em vigor em julho, a norma define que as regras de fiscalização, de monitoramento e de sanção pelo descumprimento seriam implementados a partir de 1º de janeiro de 2025.

“Verifica-se que o atual cenário de evidente proteção insuficiente, com efeitos imediatos deletérios, sobretudo em crianças, adolescentes e nos orçamentos familiares de beneficiários de programas assistenciais, configura manifesto periculum in mora”, afirmou o ministro na decisão, publicada na manhã desta quarta-feira (13).

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PEC 6×1: cresce a pressão pela aprovação da proposta

PEC 6x1: cresce a pressão pela aprovação da proposta

O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) agitou as redes sociais e a imprensa nos últimos dias com a proposta de fim da escala de 6 dias de trabalho por 1 dia de folga, a chamada escala 6×1. O tema está entre os mais comentados da plataforma X.

Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.

São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a proposta foi apresenta em 1º de maio deste ano inspirada no movimento VAT que, por meio de uma petição online, já recolheu mais de 2,3 milhões de assinaturas na internet a favor do fim da escala 6 por 1.

“[A jornada 6×1] tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, argumentou Erika Hilton em uma rede social.

“A carga horária abusiva imposta por essa escala de trabalho afeta negativamente a qualidade de vida dos empregados, comprometendo sua saúde, bem-estar e relações familiares”, alerta a petição online.

Outras propostas
Ao menos outras duas PEC tratam da redução de jornada no Congresso Nacional, mas não acabam com a jornada 6 por 1, que é a principal demanda do VAT.

Apresentada em 2019 pelo deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), a PEC 221/2019 propõe uma redução, em um prazo de dez anos, de 44 horas semanais por 36 horas semanais de trabalho sem redução de salário.

A PEC aguarda a designação do relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Se a PEC da deputada Erika Hilton atingir as 171 assinaturas, ela deve ser apensada à proposta do deputado Reginaldo Lopes.

A PEC 221 inclui um novo dispositivo no artigo 7º da Constituição definindo que o trabalho normal não deve ser “superior a oito horas diárias e trinta e seis semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

Apesar de a proposta não vetar a escala 6×1, o parlamentar tem defendido uma jornada de até 5 por 2.

“[Domingo] é o dia sagrado que o trabalhador tem livre da labuta. Mas é muito pouco. Já passou da hora de o país adotar uma redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas e esse deve ser o centro de um governo popular. O Brasil tem que adotar um modelo de 4×3 ou 5×2, sem redução de salário”, defende o parlamentar.

Outra proposta que reduz a jornada de trabalho em tramitação no Congresso Nacional é a PEC 148, de 2015, de autoria do senador Paulo Paim (PT/RS). A PEC define uma redução de 44 horas para 40 horas semanais no primeiro ano. Em seguida, a jornada seria reduzida uma hora por ano até chegar às 36 horas semanais.

“Quintou” poderá ser o novo grito de final de semana no Brasil.

Em uma rede social, Paim comemora que o tema tenha voltado ao debate. “É muito bom ver que novos parlamentares, como a deputada federal Erika Hilton, estão sintonizados com as demandas históricas dos trabalhadores. Uma luta antiga. Espero que a Câmara dos Deputados vote essa proposta e que o Senado também vote iniciativas com a mesma temática”, destacou o senador.

Sindicatos
A redução da jornada de trabalho no Brasil é uma demanda histórica de centrais sindicais. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre pautou a redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais.

“Durante décadas, trabalhadores e entidades sindicais têm reivindicado a redução de jornadas extenuantes e o fim de escalas que desconsideram a saúde e o direito ao descanso dos trabalhadores”, defende a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), em nota apoiando o fim da jornada 6×1.

Críticas
A proposta para o fim da escala 6×1 também recebeu críticas de parlamentares e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entidade patronal onde atuam boa parte dos trabalhadores que trabalham na escala 6 por. 1.

“A imposição de uma redução da jornada de trabalho sem a correspondente redução de salários implicará diretamente no aumento dos custos operacionais das empresas. Esse aumento inevitável na folha de pagamento pressionará ainda mais o setor produtivo, já onerado com diversas obrigações trabalhistas e fiscais”, afirmou a CNC.

O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) avalia que tende a achar que o fim da escala 6×1 vai prejudicar a economia, mas que está aberto para ser convencido do contrário. “O requerimento de PEC discutido NÃO é pelo fim da escala 6×1, mas sim pelo estabelecimento de uma escala de quatro dias na semana (ou seja, a priori, nem segunda a sexta). 80% dos empregos formais do Brasil são oriundos de MICRO ou pequenas empresas, minha gente”, disse em uma rede social.

Ministro
O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, por sua vez, defendeu que a jornada de trabalho 6×1 deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho, quando patrão e trabalhadores negociam as regras do contrato firmado entre as partes.

“A pasta considera, contudo, que a redução da jornada para 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, quando resulte de decisão coletiva. O MTE tem acompanhado de perto o debate e entende que esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, considerando as necessidades específicas de cada área”, disse Marinho em uma rede social.

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Quantas horas você quer trabalhar por semana?

Quantas horas você quer trabalhar por semana?

Está em debate no Brasil a mudança da carga horária semanal do brasileiro. 

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) tem recolhido assinaturas para protocolar uma proposta de emenda à Constituição na Câmara sobre o assunto. De acordo com a PEC, a duração do trabalho não deve ser superior a 36 horas semanais e deve ser feita em uma escala de quatro dias trabalhados e três de descanso, ou seja, 4×3.

A discussão sobre o tema ganhou força nas redes sociais nos últimos dias e o Planalto tem monitorado o debate em torno da proposta legislativa. O Ministério do Trabalho afirmou que a redução da jornada de 44 horas semanais — de quem faz a jornada 6×1 — é “plenamente possível e saudável”.

Para Cardozo, o objetivo da PEC não é apresentar algo fechado, mas um debate público. A medida, em sua opinião, é possível, mas deve ser feita com cautela para não reduzir salários e levar para uma queda da produtividade.

Com uma nova jornada os trabalhadores poderão festar nas quintas-feiras. Mas só até a meia noite. Depois os bares fecham, pois a escala é para todos, inclusive para quem trabalha nos bares e restaurantes, ou não?

“O mérito dessa proposta é suscitar essa discussão. Me parece que realmente que é perfeitamente possível você ter reduções da carga de trabalho, seja por convenções coletivas, como disse o ministro [do Trabalho] Luiz Marinho, seja por decisões legislativas, que acabam estampando aquilo que é um resultado que valeria para todo o país”, afirma Cardozo.

O fato é que faltam estudos sérios sobre este impacto muito desejado por alguns e simplesmente considerado catastrófico por outros.

TECNOLOGIA: Este é um fator que não está na pauta de discussão, mas deveria. O uso de tecnologia para substituir mão de obra é cada vez maior e deverá ser usado por empresários em escala crescente, para substituir funcionários com escalas menores de serviços. Depois, claro, tais tecnologias também poderão, por fim, substitui-los em outros dias da semana. O fato é que há muita tecnologia já em uso, que aumentam a eficiência em uma escala de trabalho de 24 horas, todos os dias da semana.

Hoje há uma discussão para diminuir a jornada de trabalho. É possível que no futuro seja discutida uma solução para manter uma jornada mínima de trabalho,

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MEC estuda volta do Enem como certificado do ensino médio em 2025

MEC estuda volta do Enem como certificado do ensino médio em 2025

O ministro da Educação (MEC), Camilo Santana, disse neste domingo (10) que estuda voltar a usar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como certificação de conclusão do ensino médio para estudantes maiores de 18 anos. A mudança deve passar a valer no Enem de 2025.

Segundo o ministro, a recomendação foi feita ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação do exame. A certificação por meio do exame deixou de vigorar em 2016.

“A ideia é possibilitar que esse jovem também tenha a oportunidade de a prova do Enem o certificar. Isso dá mais abrangência para acesso a essa prova e para que ele possa fazer a prova e entrar na universidade”, afirmou, acrescentando que o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) deverá ser mantido.

Camilo Santana também afirmou que outra possibilidade em análise é convergir o Enem com o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), utilizado pelo Inep para medir o desempenho dos estudantes do ensino médio.

“Às vezes, o aluno do terceiro ano do ensino médio prioriza o Enem em relação à prova do Saeb. A gente está estudando a possibilidade da prova do Enem para o aluno do terceiro ano do ensino médio já servir para a prova do Saeb. O Inep terá prazo até antes das inscrições do próximo ano para concluir essa recomendação. Esse é um passo que o Ministério da Educação quer proporcionar para dar mais eficiência e convergir a prova do Saeb com a prova do Enem já em 2025”, afirmou.

Ocorrências
Mais cedo, o ministro da Educação fez um balanço do segundo domingo de provas do exame. Segundo Santana, a aplicação foi realizada sem ocorrências graves.

1,9 mil participantes foram eliminados por descumprirem as regras do edital.

Pelos dados divulgados, 1,9 mil participantes foram eliminados hoje por descumprirem as regras do edital, como portar equipamentos eletrônicos e deixar o local do exame com o caderno de provas antes dos 30 minutos finais do tempo de prova.

Neste domingo (10), os alunos realizaram as provas de ciências da natureza (física, química e biologia) e suas tecnologias e matemática. No domingo passado (3), primeiro dia de provas, os candidatos fizeram as questões de linguagens e ciências humanas.

Gabarito
Santana informou ainda que a divulgação do gabarito oficial do Enem será antecipada. A previsão era divulgar o gabarito e os cadernos de questões no dia 20 de novembro, mas o ministro disse que será divulgado nesta semana.

O Inep informará a nova data.

Conforme o cronograma, a entrega final dos resultados está prevista para o dia 13 de janeiro de 2025.

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A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

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BANNER LATERAL VERTICAL

Cod. 04

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

Tamanho:790 x 1280
Orientação: Vertical
Tipo de arquivos*: jpg, png

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