Rússia dispara míssil intercontinental contra Ucrânia

Rússia dispara míssil intercontinental contra Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vem pedindo há meses que essas restrições ao uso de mísseis de longo alcance sejam levantadas, permitindo que a Ucrânia ataque alvos dentro da Rússia.

Neste domingo (17) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde para que a Ucrânia use mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA para atacar a Rússia.

A Ucrânia então usou mísseis dos Estados Unidos e do Reino Unido para atingir alvos dentro da Rússia nesta semana, algo que Moscou havia alertado repetidamente que seria considerado uma escalada significativa. Os mísseis ATACMS e Storm Shadow, que os ucranianos foram autorizados a utilizar, têm alcances de no máximo 300 km.

A Rússia respondeu lançando um míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia hoje (21), informou a Força Aérea ucraniana. Esta foi a primeira vez que a Rússia utilizou um míssil tão poderoso, de capacidade nuclear e de longo alcance na guerra, iniciada em 2022.

Segundo os militares ucranianos, o míssil intercontinental foi lançado da região de Astrakhan, no sul da Rússia, em ataque a Dnipro, no centro-leste da Ucrânia, na manhã desta quinta. As duas cidades são separadas por 1 mil km.

O ataque russo teve como alvo empresas e infraestrutura crítica na cidade, segundo a Força Aérea ucraniana. O governador regional, Serhiy Lysak, afirmou que o ataque de mísseis russo danificou uma instalação industrial e provocou incêndios em Dnipro. Duas pessoas ficaram feridas.

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Brasil e China: uvas, seda e internet via satélite

Brasil e China: uvas, seda e internet via satélite

A Rota da Seda, que liga o Brasil ao oceano Pacífico, e a vitória de Donald Trump nos EUA deverão ser dois dos principais assuntos entre Lula (PT) e o presidente chinês, Xi Jinping, nas reuniões desta manhã (20) no Palácio da Alvorada.

Após o afastamento do Brasil no governo de Jair Bolsonaro, o Itamaraty trata a reaproximação como uma das prioridades estratégicas para o crescimento do país.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil há 15 anos seguidos. De janeiro a outubro de 2024, o intercâmbio entre os países foi de US$ 136,3 bilhões. As exportações brasileiras alcançaram US$ 83,4 bilhões e as importações, US$ 52,9 bilhões, um superávit de US$ 30,4 bilhões.

A Rota da Seda, projeto chinês de ligação da América do Sul ao Pacífico por meio de ferrovia, deverá ser o tema central no debate. Mas outros assuntos também estão na pauta. 

Xi e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverão anunciar, por exemplo, a abertura do mercado chinês para uvas frescas, sorgo e gergelim produzidos no Brasil.

Uma série de negociações para outros produtos — como miúdos suínos, miúdos bovinos e DDG (coproduto da fabricação de etanol a partir do milho) — estão avançadas entre Brasil e China. No entanto, a tendência é que esses pontos sejam deixados para um segundo momento. Novos protocolos sanitários e fitossanitários também devem ficar para 2025.

Os chineses são os principais parceiros comerciais do Brasil a 15 anos.

Internet

O governo federal também assina acordos com a empresa chinesa SpaceSail e com a Administração Nacional de Dados da China para a condução de estudos sobre a demanda por internet via satélite no Brasil.

Este é um passo decisivo para o Brasil e que deverá ser pensado com cuidado. Uma rede de satélites por uma empresa chinesa poderá afastar de vez diversas parcerias futuras com EUA, se estas parcerias tecnológicas envolverem dados que transitem por esta rede, pois os americanos acreditam que tudo o que passa por uma rede chinesa é capturado pelo governo daquele país.

Por outro lado, ficou claro que a dependência tecnológica de uma rede de internet via satélite, por uma empresa americana, deixou o Brasil em uma posição de atrito, após polêmicas com o dono da empresa que tem esta licença de operação no Brasil, Elon Musk, da Starlink.

O Brasil já autorizou a atuação da empresa francesa E-Space, no país.

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Plano para matar Lula e Alckmin

Plano para matar Lula e Alckmin

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (19) que são “fortíssimos” os indícios contra quatro militares do Exército e um agente da Polícia Federal (PF) presos preventivamente por suspeita de organizar um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, e consolidar um golpe de Estado no país.

“Os indícios da prática desses crimes são fortíssimos, até porque a prisão preventiva exige, primeiramente, a constatação da materialidade do crime. E isso foi constatado. E indícios fortes de autoria. Esses dados que são exigidos pela legislação processual penal estão presentes e serviram de fundamento para decretação da prisão preventiva. Os fatos são gravíssimos, absolutamente inaceitáveis e colocam em risco não apenas as instituições republicanas, mas a vida dos cidadãos brasileiros” afirmou Lewandowski, em entrevista a jornalistas na sede do ministério, em Brasília.

A Operação Contragolpe foi deflagrada mais cedo pela PF, no contexto das investigações sobre as ações golpistas de apoiadores e ex-integrantes do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Os fatos ocorreram no fim de 2022, quando Lula e Alckmin já havia sido eleitos, mas ainda não tinham tomado posse. Além deles, o plano incluía o assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações e processos por tentativa de golpe, que culminaram nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

O Vice-presidente Geraldo Alckmin e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Quem são os presos

A pedido da PF, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo. Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “kid pretos”, altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite. Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.

O general Fernandes atuou como chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República durante a gestão de Jair Bolsonaro. O agente Wladimir Matos Soares teria auxiliado o núcleo militar, “fornecendo informações que pudessem, de alguma forma, subsidiar as ações que seriam desencadeadas”. O planejamento teve seu auge a partir de novembro de 2022 e avançou até dezembro do mesmo ano, em uma operação denominada pelos investigados de Copa 2022.

“Eu quero dizer que a Polícia Federal está decepcionada porque um dos seus participou dessa tentativa de golpe, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de organização criminosa. São as três imputações que se fazem contra essas pessoas. Por enquanto, suspeitas, elas ainda serão julgadas pelo Supremo Tribunal Federal”, destacou Lewandowski.

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G20: Vencida no campo diplomático, Argentina se junta ao plano global contra a fome

G20: Vencida no campo diplomático, Argentina se junta ao plano global contra a fome

Somente após o lançamento da Aliança global, feita na manhã desta segunda-feira (18), com a adesão de todos os diplomatas presentes ao G20 (exceto Argentina), é que o governo de Milei, constrangido, resolveu também aderir.

Milei tem se colocado contra qualquer ideia do Brasil (Lula). A rusga de Milei com Lula e seu partidarismo ideológico, bolsonarista e trumpista, tem isolado a Argentina dentro da América Latina, tem ameaçado o Mercosul e colocado seu país em um terreno diplomático insustentável.  

Foi justamente este constrangimento diplomático e uma vergonha internacional, de não participar de um movimento tão grande contra a fome que o levou a autorizar a assinatura desta proposta que tem o apoio de 82 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não governamentais.

Lula discursa na abertura do G20 no Rio de Janeiro.

Aderir à aliança significa que os países anunciaram compromissos para reduzir a fome e a pobreza — a maioria, no âmbito nacional.

Historicamente, a Argentina não se opõe a essas questões. No entanto, o governo de Javier Milei tem mudado os rumos da política externa do país. Ele se diz “antiglobalista”, termo usado por alguns líderes para criticar organizações multilaterais e a ordem global definida após a Segunda Guerra Mundial. Para eles, a globalização destrói a característica nacional do país e limita a ação do estado. O principal expoente deste grupo é o americano Donald Trump, de quem Milei já se declarou fã.

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Papa Francisco pede que seja feita investigação para verificar possível caso de genocídio em Gaza

Papa Francisco pede que seja feita investigação para verificar possível caso de genocídio em Gaza.

Reafirmo aqui que “é absolutamente necessário enfrentar, nos países de origem, as causas que provocam a migração” (Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2017). 

Papa Francisco: É necessário que os programas implementados para esse fim garantam que, nas áreas afetadas pela instabilidade e pelas injustiças mais graves, seja dado espaço para um desenvolvimento autêntico que promova o bem de todas as populações, especialmente das crianças, esperança da humanidade. 

Se quisermos resolver um problema que afeta todos nós, devemos fazê-lo por meio da integração dos países de origem, de trânsito, de destino e de retorno dos migrantes. Diante desse desafio, nenhum país pode ser deixado sozinho e ninguém pode pensar em enfrentar a questão isoladamente por meio de leis mais restritivas e repressivas, às vezes aprovadas sob a pressão do medo ou em busca de vantagens eleitorais. 

Pelo contrário, assim como vemos que há uma globalização da indiferença, devemos responder com a globalização da caridade e da cooperação, para que as condições dos emigrantes sejam humanizadas.

Pensemos nos exemplos recentes que vimos na Europa. A ferida ainda aberta da guerra na Ucrânia levou milhares de pessoas a abandonarem as próprias casas, sobretudo durante os primeiros meses do conflito. Mas também testemunhamos o acolhimento sem restrições de muitos países de fronteira, como no caso da Polônia. Algo semelhante aconteceu no Oriente Médio, onde as portas abertas de nações como a Jordânia ou o Líbano continuam a ser a salvação para milhões de pessoas em fuga dos conflitos na região: penso especialmente em quem deixa Gaza em meio à fome que afetou os irmãos palestinos diante da dificuldade de levar alimentos e ajuda ao seu território.

Papa Francisco

De acordo com alguns especialistas, o que está acontecendo em Gaza tem as características de um genocídio. Deveria ser investigado com atenção para determinar se se enquadra na definição técnica formulada por juristas e órgãos internacionais. Devemos envolver os países de origem dos maiores fluxos migratórios em um novo ciclo virtuoso de crescimento econômico e de paz que inclua todo o planeta. Para que a migração seja uma decisão verdadeiramente livre, é necessário fazer o melhor para garantir a todos uma participação igualitária ao bem comum, o respeito aos direitos fundamentais e o acesso ao desenvolvimento humano integral. Somente se essa plataforma básica for garantida em todas as nações do mundo, poderemos dizer que quem migra o faz livremente e poderemos pensar em uma solução verdadeiramente global para o problema. Penso sobretudo nos jovens, que, emigrando, muitas vezes causam uma dupla fratura em suas comunidades de origem: uma porque perdem os elementos mais prósperos e proativos, e outra porque as famílias se separam.

Para alcançar esse cenário, no entanto, precisamos dar o passo preliminar fundamental que consiste em acabar com as condições desiguais de comércio entre os diferentes países do mundo. Nos vínculos entre muitos deles, estabeleceu-se uma certa ficção que mostra a aparência de um suposto intercâmbio comercial, mas que, na verdade, consiste apenas em uma transação entre filiais que saqueiam os territórios dos países pobres e enviam os seus produtos e as suas receitas para as empresas-mãe nos países desenvolvidos. Os setores relacionados à exploração de recursos naturais subterrâneos, por exemplo, me vêm à mente. São as veias abertas daqueles territórios (Eduardo Galeano, “As veias abertas da América Latina”, Sur, 2021).

Quando ouvimos este ou aquele líder se lamentar dos fluxos migratórios da África para a Europa, quantos desses mesmos dirigentes questionam sobre o neocolonialismo que ainda existe hoje em muitas nações africanas?

Recordo que, na minha viagem à República Democrática do Congo, em 2023, abordei o problema do saque de algumas nações hoje em dia: “Existe aquele lema que vem do inconsciente de muitas culturas e de muitas pessoas: «África deve ser explorada». Isto é terrível! De facto, depois da exploração política, desencadeou-se um «colonialismo económico» igualmente escravizador. Assim, largamente saqueado, este país não consegue beneficiar suficientemente dos seus recursos imensos: chegou-se ao paradoxo de os frutos da sua terra o tornarem «estrangeiro» para os próprios habitantes. O veneno da ganância tornou os seus diamantes ensanguentados” (encontro com autoridades em Kinshasa, 31 de janeiro de 2023).

Já sabemos que a “teoria da recaída favorável” (discurso no II Encontro Mundial dos Movimentos Populares, 9 de julho de 2015) não funciona nem dentro da economia de um único país nem no concerto das nações. Devemos apoiar os países periféricos, em muitos casos aqueles de origem das migrações, para neutralizar as práticas neocolonizadoras que buscam perpetuar as assimetrias.

Uma vez que o mundo se colocar em condições de estabelecer acordos para promover o desenvolvimento local daqueles que, de outra forma, acabariam por migrar, é importante que os governantes daqueles países, chamados a exercer a boa política, ajam de forma transparente, honesta, voltada para o futuro e atendendo a todos, especialmente os mais vulneráveis.

Uma vez acolhidos e depois protegidos, os migrantes devem ser promovidos. Ao mesmo tempo em que peço que as portas sejam abertas para eles, também exorto que seu desenvolvimento integral seja promovido, que lhes seja dada a oportunidade de se realizarem como pessoas em todas as dimensões que compõem a humanidade desejada pelo Criador.

Penso, em particular, nos passos significativos que devem ser dados para promover a integração sociolaboral dos migrantes e dos refugiados, nas oportunidades de trabalho que também devem ser garantidas aos solicitantes de asilo de diferentes tipos e, paralelamente, em uma oferta consistente de cursos de formação linguística e de cidadania ativa, bem como de informações adequadas em seu próprio idioma. Na Itália, temos o exemplo de um jovem sacerdote, Pe. Mattia Ferrari, que não apenas se envolve em ações de resgate no mar, mas também garante, com o seu grupo, uma integração sustentável e suportável no local de destino.

Por outro lado, uma migração bem administrada poderia ajudar a enfrentar a grave crise causada pela desnacionalização em muitos países, especialmente europeus. É um problema muito sério e as pessoas que chegam de outras nações podem contribuir a resolvê-lo se forem totalmente integradas e deixarem de ser consideradas cidadãos de “segunda classe”.

A integração do migrante que chega é de suma importância. Corremos o risco de que o que alguns veem como uma salvação no presente se torne uma desgraça para o futuro. Serão as próximas gerações que nos agradecerão se tivermos sido capazes de criar as condições para uma integração indispensável e, em vez disso, nos culparão se tivermos apenas incentivado uma assimilação estéril. Refiro-me a uma integração que é comparável em características ao poliedro, ou seja, onde cada pessoa mantém as suas próprias características; é bem diferente da assimilação, que desconsidera as diferenças e se apega rigidamente a seus próprios paradigmas.

O rosto esperançoso de um avô com seu neto. Os jovens que estão agindo hoje em todo o mundo, mostrando-nos o caminho, amanhã se sentarão para transmitir esse amor pela Terra à próxima geração. Nós, que hoje já temos mais do que alguns cabelos brancos, falhamos em nossa administração da criação, e é por isso que apreciamos o espírito de iniciativa das novas gerações, que não querem repetir os nossos erros e se esforçam para deixar a casa comum melhor de como a receberam.

Tenho acompanhado de perto as mobilizações maciças de estudantes em várias cidades e conheço algumas das ações com as quais eles lutam por um mundo mais justo e ambientalmente mais consciente. Estão agindo com preocupação, entusiasmo e, acima de tudo, com senso de responsabilidade diante da urgente mudança de rumo que nos é imposta pelos problemas decorrentes da atual crise ética e socioambiental. O tempo está se esgotando, não nos resta muito para salvar o planeta, e eles vão, saem e se posicionam. E não fazem isso apenas por eles mesmos, o fazem por nós e por qeum virá depois.

Há vários exemplos de como esse diálogo intergeracional pode resultar em uma aliança aplicada ao cuidado da casa comum. Penso em alguns projetos que se preocupam em transmitir o patrimônio de conhecimento e os valores da produção alimentar local que nossos avós possuíam, a fim de aplicá-los com a ajuda dos meios que temos hoje para progredir na defesa e promoção da biodiversidade alimentar. São movidos pelo desejo de voltar à terra e cultivá-la, sem explorá-la, usando técnicas e métodos totalmente ecológicos.

Em um mundo cada vez mais frenético e “usa e joga fora”, essas iniciativas ajudam as pessoas a não perderem a conexão com os alimentos e as tradições locais associadas a eles. São contra-tendência, mas não necessariamente regressivas; ao contrário, têm como objetivo recuperar a relação entre os alimentos e os laços sociais. Na Itália, Carlo Petrini e o seu movimento em prol do slow food fizeram grandes avanços nessa direção. Além dos benefícios que o mundo pode colher dessa nova aliança em termos de cuidados com o planeta, não há dúvida de que um encontro mais assíduo entre jovens e idosos reduzirá a possibilidade que aconteçam de novo as tragédias bélicas e humanitárias que marcaram o século passado.

Quem não conhece a própria história está condenado a repeti-la. Ninguém melhor do que nossos idosos pode nos dar um testemunho vivo de certos eventos que não queremos que voltem a acontecer em nosso planeta. Aquela Europa, que há quase três anos tem sido o epicentro desta Terceira Guerra Mundial em pedaços que estamos vivendo, é o continente que no século passado passou trinta anos imerso em guerras fratricidas e depois experimentou dolorosas separações de povos irmãos quando o Muro de Berlim caiu. Não pode ser uma coincidência que esses novos ventos de guerra soprem no Velho Mundo quando as filas das testemunhas diretas da barbárie do totalitarismo estão cada vez mais reduzidas ou, pior ainda, quando estão marginalizadas, como peças de museu, incapazes de trazer seus preciosos testemunhos – que muitos carregam até mesmo na própria pele – para alguns dos debates que marcam a agenda política de hoje, assim como faziam há pouco mais de cem anos.

A esperança sempre tem um rosto humano. Este será o primeiro Jubileu marcado pelo advento de novas tecnologias e ocorrerá em meio a uma emergência climática como a que estamos vivendo atualmente. Todos os dias vemos como a casa comum nos pede para dizer basta ao nosso estilo de vida que força o planeta além dos seus limites e causa a erosão do solo, o desaparecimento dos campos, a expansão dos desertos, a acidificação dos mares e a intensificação das tempestades e de outros fenômenos climáticos intensos. É o grito da Terra que nos desafia. Nas Escrituras, durante o Jubileu, o povo de Deus era convidado a descansar do seu trabalho habitual, para permitir que a Terra se regenerasse e o mundo se reorganizasse por meio do declínio do consumo habitual. Lembremos das palavras de Deus a Moisés no Monte Sinai: “Este será um ano de jubileu, quando cada um de vocês voltará para a propriedade da sua família e para o seu próprio clã. O quinquagésimo ano será jubileu; não semeiem e não ceifem o que cresce por si mesmo nem colham das vinhas não podadas. É jubileu e será santo a vocês; comam apenas o que a terra produzir” (Levítico 25:10-12).

Somos chamados a adotar estilos de vida justos e sustentáveis que deem à Terra o descanso que merece, bem como meios de subsistência suficientes para todos que não destruam os ecossistemas que nos sustentam. Mesmo antes da pandemia, considerávamos necessário “refletir sobre nossos estilos de vida e como nossas decisões diárias em termos de comida, consumo, deslocação, utilização da água, da energia e de muitos bens materiais são muitas vezes impensadas e prejudiciais” (Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, 1º de setembro de 2019). Agora, acrescentamos a necessidade de uma reflexão que também inclua o futuro das novas tecnologias e quais decisões tomaremos, como humanidade, para que não sejam incompatíveis com um mundo de fraternidade e de esperança.

Somos chamados a sair da nossa zona de conforto e a apresentar soluções e alternativas criativas para que o planeta continue habitável e a nossa existência na Terra não corra. perigo. Novos problemas exigem novas soluções. Devemos meditar sobre os dilemas éticos apresentados pelo uso onipresente da tecnologia, apelando para o conhecimento integrado para evitar que o paradigma tecnocrático continue a reinar.

Que a dignidade de cada homem e de cada mulher seja a nossa preocupação central no momento de construir um futuro do qual ninguém seja excluído. Não se trata mais apenas de garantir a continuidade da espécie humana em um planeta cada vez mais ameaçado, mas de assegurar que essa vida seja respeitada em todos os momentos. E se diante da questão ambiental não conseguimos reagir a tempo, podemos fazê-lo diante do que é percebido como uma das transformações mais profundas da história recente da humanidade, a penetração da IA em todas as áreas de nossa vida cotidiana.

Daí o chamado para sermos peregrinos de esperança. Gosto da imagem do peregrino, “aquele que se descentraliza e, portanto, pode transcender. Sai de si mesmo, abre-se para um novo horizonte e, quando volta para casa, não é mais o mesmo, e nem mesmo a sua casa será a mesma“ (”Ritorniamo a sognare”, Piemme, 2020). O caminho do peregrino, além disso, não é um evento individual, mas comunitário, marca a impressão de um dinamismo crescente que sempre tende para a cruz, que sempre nos oferece a certeza da presença e a segurança da esperança. Colocar-se a caminho “é típico de quem vai em busca do sentido da vida” (Bula do Jubileu 2025).

Lembrem-se do que eu lhes disse no início: a esperança é nossa âncora e a nossa vela. Deixemo-nos ser levados por ela para sairmos em peregrinação rumo à construção daquele mundo mais fraterno com o qual sonhamos, no qual a dignidade do ser humano prevaleça sobre toda divisão e esteja em harmonia com a mãe Terra.

Fonte: Vatican News

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EUA autoriza Ucrânia a usar mísseis de longo alcance contra Rússia

EUA autoriza Ucrânia a usar mísseis de longo alcance contra Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, vem pedindo há meses que essas restrições ao uso de mísseis de longo alcance sejam levantadas, permitindo que a Ucrânia ataque alvos dentro da Rússia.

Neste domingo (17) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde para que a Ucrânia use mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA para atacar a Rússia.

Ainda não há uma confirmação formal da Casa Branca ou do Pentágono sobre essa medida. Biden está em viagem ao Brasil – neste domingo, pousou em Manaus, no Amazonas, antes de seguir para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

A decisão de autorizar o uso dos mísseis ATACMS (Sistema de Mísseis Táticos do Exército, na sigla em inglês) representaria uma grande mudança na política dos EUA em relação à guerra.

Ela também permitiria que o Reino Unido e a França possam conceder à Ucrânia permissão para usar os potentes mísseis Storm Shadow.

Joe Biden e Volodymyr Zelensky

A Rússia ainda não se manifestou, mas o presidente Vladimir Putin já havia se pronunciado antes sobre essa possibilidade.

Em setembro, Putin alertou o Ocidente sobre a permissão de que a Ucrânia utilizasse mísseis de longo alcance para atingir território russo.

Ele afirmou que Moscou consideraria isso como uma “participação direta” dos países da Otan (a aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte) na guerra da Ucrânia, dizendo que isso “mudaria substancialmente a própria essência, a natureza do conflito”.

“Isso significará que os países da Otan, os EUA e os estados europeus estão lutando contra a Rússia”, declarou o líder do Kremlin.

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Biden visita Manaus e promete dinheiro

Biden visita Manaus e promete dinheiro

Parece a visita do primo rico. No final de seu mandato, praticamente na última grande viagem que fará antes de entregar a presidência dos EUA, Joe Biden, presidente dos EUA visita o Brasil para reunião do G20 que ocorre no Rio de Janeiro. Antes passou por Manaus.

Que pese o fato dele ser o primeiro chefe de estado americano em exercício a conhecer a floresta Amazônica, Biden anunciará que os Estados Unidos cumpriram sua promessa histórica de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA para mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024″, diz o comunicado.

Em 2020 quando concorreu contra Trump, Biden citou a Amazônia em um debate e fez promessas para a região. “Eu começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões [R$ 116 bilhões] para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia”.

Joe Biden sai da presidência investindo na Amazônia.

Biden promete agora, antes de sair, alguns milhões de dólares para a Amazônia. 

Mas será Trump quem irá governar nos próximos 4 anos e ele tem uma agenda diferente para questões ambientais. E não é segredo que Trump e Lula não são grandes amigos.

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Manifestações pelo fim da escala 6×1 tomam o Brasil

Manifestações pelo fim da escala 6x1 tomam o Brasil

O tema ganhou força nas redes sociais na última semana a partir do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), encabeçado pelo vereador eleito do Rio de Janeiro (RJ) Rick Azevedo (PSOL). Em seu perfil no X (antigo Twitter), o parlamentar divulgou a convocação de atos para 26 cidades nesta sexta-feira.

Capitais como Brasília, Belém, Fortaleza e Rio de Janeiro também tiveram manifestações ao longo do dia. Em São Paulo, o ato ocorreu na Avenida Paulista durante a manhã, com pessoas carregando cartazes com críticas à atual escala.

Na quarta-feira, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim da escala 6×1, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), atingiu o quórum de assinaturas necessário para começar a tramitar na Câmara dos Deputados. Na quinta-feira (14), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu a medida sem redução salarial. Ele caracterizou a jornada atual como sendo “cruel”.

Em Brasília manifestantes se reúnem para apoiar o fim da escala 6×1.

Porto Alegre
Centenas de manifestantes se reuniram  na tarde desta sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República, para protestar pelo fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho, um de descanso). A manifestação teve início às 15h em frente à Usina do Gasômetro.

Brasília
Pessoas participam de ato em defesa do fim da jornada 6×1, realizado na Rodoviária do Plano Piloto.

Curitiba
O protesto reuniu pessoas na Praça Santos Andrade, embora o número de participantes não tenha sido grande, mostrou que a mobilização nacional ocorreu.

Foram diversas capitais pelo Brasil, que aderiram ao movimento nestes feriado.

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Gilmar Mendes vota para colocar jogador Robinho em liberdade

Gilmar Mendes vota para colocar jogador Robinho em liberdade

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (15) para colocar em liberdade imediata o ex-jogador de futebol Robson de Souza, o Robinho.

O julgamento do habeas corpus ocorre no plenário virtual da corte e foi retomado após a devolução do pedido de vista de Gilmar Mendes, feito em 23 de setembro. Até a tarde desta sexta-feira, o placar do julgamento virtual está 3 a 1 para manter prisão, pois os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin já votaram.

Fux é o relator da matéria. Os demais ministros da corte devem inserir o voto no sistema até 26 de novembro, quando se encerra o julgamento.

A defesa do ex-jogador de futebol Robinho entrou com novo pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF). Em março deste ano, Robinho foi preso em Santos (SP) e segue detido em Tremembé, a 150 quilômetros de São Paulo para cumprir a pena de nove anos de detenção.

Voto de Gilmar Mendes


Em seu voto de 37 páginas, o ministro Gilmar Mendes comentou a não aplicação do art. 100 da Lei de Migração, de 2017, que permite a homologação de sentença penal estrangeira. Para Mendes, a chamada Transferência de Execução da Pena (TEP) para este caso do ex-atacante do Milan não se aplica porque não pode retroagir ao crime cometido em 2013.

“Compreendendo igualmente que o referido art. 100 não pode ter eficácia retroativa, destaco passagem doutrinária segundo a qual “[A lei de Migração] não é possível fazê-la retroagir para prejudicar o réu, por ser norma notadamente mais gravosa aos direitos do condenado.”

O magistrado ainda entende que o caso poderia ter sido julgado pela Justiça do Brasil. “A não incidência do instituto da transferência da execução de pena à espécie ora decidida não gera impunidade alguma, pois nada impede que a lei brasileira venha a alcançar a imputação realizada na Itália contra o paciente”, escreveu em seu voto.

Gilmar Mendes afirma que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de homologar a condenação da justiça estrangeira, com a consequente prisão imediata, impede a análise do recurso extraordinário ajuizado pelos advogados da defesa de Robinho.

“Partindo da premissa de que a decisão homologatória proferida pelo STJ desafia ainda recurso extraordinário a ser julgado por este Supremo Tribunal (art. 102, III, ‘a’, da CR), vê-se que, a prosperar o entendimento vertido pelo STJ (sufragado pelo eminente relator), o acusado seria imediatamente recolhido ainda quando tivesse pendente de exame recurso extraordinário interposto.”

Histórico

A condenação foi executada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) homologar a sentença da Justiça da Itália que condenou brasileiro em três instâncias por estupro coletivo cometido contra uma mulher de origem albanesa.

De acordo com as investigações, o crime ocorreu dentro da boate chamada Sio Café, de Milão (IT), em janeiro de 2013. A sentença italiana havia determinado a prisão imediata do brasileiro, mas o ex-jogador já se encontrava no Brasil.

O início da carreira de Robinho foi no Santos Futebol Clube e ele atuou diversas vezes na seleção brasileira de futebol. Registrou passagem pelos clubes de diversas partes do mundo, entre eles os europeus Real Madrid, da Espanha; Manchester City, da Inglaterra; e o italiano Milan; além de Guangzhou Evergrande, da China e outros.

De volta ao Brasil, Robinho ainda jogou pelo Atlético Mineiro e retornou ao clube que o revelou, o Santos. Oficialmente, o condenado não joga desde 2020 e, em julho de 2022, o próprio jogador anunciou sua aposentadoria.

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Nota do STF sobre incidente na Praça dos Três Poderes

Nota do STF sobre incidente na Praça dos Três Poderes

Ao final da sessão do STF desta quarta-feira (13), dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança. Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF.

O presidente do STF falou por telefone com o presidente da República, com o diretor-geral da PF e com a vice-governadora do DF. Também por mensagem com o governador do DF. Está acompanhando a ocorrência e diretamente em contato com a segurança do STF.

Os prédios do Supremo Tribunal Federal passarão por uma varredura completa para verificação de eventuais artefatos na madrugada e manhã desta quinta-feira (14). O expediente foi suspenso até o meio-dia em todos os prédios, e a situação será reavaliada ao longo da manhã.

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A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

Recursos: Imagem em vídeo, sem áudio, 
Local de exibição: barra lateral direita da home page

OFERECIMENTO EM VÍDEO. 

Cod. 06

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

Enviar arte única em formato jpg ou png ou animação full HD 1920×1980  16×9 (horizontal). Tempo máximo de exibição: 5 segundos. 

O texto é sempre o mesmo – assista ao vídeo do lado.

Vídeo produzido diariamente. Postado na home do Gazeta 24 horas, no canal YouTube, compartilhado nas redes sociais. Pode ser compartilhado a partir do yutube nas redes sociais do cliente.

BANNER BARRA
HORIZONTAL

Cod. 03

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

Tamanho:1200 x 220
Orientação: Horizontal
Tipo de arquivos*: jpg, png (independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

A arte acima representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.
Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem. Efeito ao passar o mouse.
Local de exibição: barra lateral direita da home page

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HORIZONTAL

Cod. 05

GRUPO MID


Gestão de redes sociais para profissionais

Design e identidade visual, postagens, tráfego pago e campanhas estruturadas.

SOLICITE ATENDIMENTO PELO WHATS  41 999-555-006

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO
Este é um anúncio dinâmico que se adapta ao conteúdo. O cliente envia fundo e texto.

  • TÍTULO: Nome da empresa.
  • CHAMADA: Máximo de 40 caracteres, contanto os espaços
  • DESCRIÇÃO: Máximo de 80 caracteres, contando espaços.
  • ASSINATURA: Máximo de 55 caracteres, incluindo espaços.

Recursos: Imagem dinâmica com link externo ao clicar na imagem.
Local de exibição: entre editorias da home page.

BANNER LATERAL
QUADRADO

Cod. 05

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

Tamanho:1000 x 1000
Orientação: Quadrado
Tipo de arquivos*: jpg, png

(independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem.
Local de exibição: barra lateral direita da home page

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BANNER LATERAL VERTICAL

Cod. 04

TAMANHO E FORMATO DE ENVIO

Tamanho:790 x 1280
Orientação: Vertical
Tipo de arquivos*: jpg, png

(independente do formato de arquivo enviado, todos os arquivos de imagem serão convertidos em webp)*

A arte ao lado representa o tamanho real de exibição que pode variar entre um dispositivo e outro, pois o Gazeta 24 Horas é responsivo.

Recursos: Imagem com link externo ao clicar na imagem.
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