O Papa manda, mas a Igreja não o obedece
O Papa manda, mas a Igreja não o obedece
O Papa é o líder da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, Chefe de Estado da cidade do Vaticano. Seu posto vitalício representa do legado de São Pedro, o qual teria sido designado pelo próprio Jesus Cristo para ser o pastor e a rocha da igreja. Este é o senso comum. Assim o Santo Padre, Papa Francisco, deveria guiar a sua Igreja e ela deveria ser fiel e obediente a ele. Mas as coisas não são assim na vida real.

Papa Francisco busca uma Igreja tolerante, compreensiva e capaz de perdoar ao próximo. Mas ele não consegue isso dentro da própria Igreja Católica.
Uma das lutas do Papa Francisco é contra a discriminação da Igreja Católica contra homossexuais. Ele deseja e determina que a Igreja receba a todos e que abençoe a união entre pessoas que se amam, independente da orientação sexual.
“Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser excluído ou forçado a ser infeliz por isso… Os homossexuais têm direito a formar uma família”, disse ele no filme, dirigido por Evgeny Afineevsky.
O Vaticano autorizou em 18 de dezembro, oficialmente, a bênção dos casais do mesmo sexo, “em situação irregular” para a Igreja, mantendo a oposição ao casamento homossexual.
Em 2021, o Vaticano havia reafirmado que considerava a homossexualidade “um pecado” e confirmou a impossibilidade de os casais do mesmo sexo receberem o sagrado matrimónio. Desde a eleição, em 2013, que Francisco insiste na importância de uma Igreja “aberta a todos” e tomou várias medidas que suscitaram a ira dos conservadores.
As determinações recentes de Francisco para que a Igreja Católica abençoe uniões homossexuais expõe ainda mais a concordância de que o chefe da Igreja manda, mas nem tanto. Exemplo disso é o que ocorreu recentemente em Moçambique.
MOÇAMBIQUE
“Nós, os bispos, decidimos que em Moçambique não se dê bênção a uniões irregulares e uniões do mesmo sexo. Que o modelo de Igreja Família de Deus continue a ser o que inspira o nosso ser Igreja em Moçambique, e que Maria, Rainha da Família, guie e proteja as nossas famílias”, de acordo com um comunicado divulgado pela Conferência Episcopal de Moçambique (CEM).
“A doutrina sobre o matrimónio e a família permanece inalterada porque, a bênção de que fala a Declaração, nada tem a ver com a liturgia e a celebração do sacramento do matrimónio, e a celebração deste sacramento não pode ser substituída de nenhum modo com uma bênção, como é prática nalgumas igrejas não católicas”, acrescentam os bispos, na mesma declaração.
“A Declaração [do Vaticano] afirma que a bênção apresentada como possível a ser invocada sobre uma união irregular ou do mesmo sexo, não pretende legitimar estas uniões. Porém, na mente de muitos fiéis e na linguagem comum, com o termo bênção entende-se o mesmo que legitimar o que se abençoa. Por isso, a CEM exorta todos os ministros ordenados para que manifestem proximidade e acompanhamento a quem vive em uniões irregulares”, conclui a declaração.
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