“Daqui pra frente, quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar, ele vai vir falar para mim por que ele não quer falar”, afirmou.
“E a gente vê que o Datafolha continua mantendo a posição de 45% e, por vezes, falando que o Lula ganha no primeiro turno. Eu acho que ele ganha, sim. As pesquisas estão exatamente certas. De acordo com os números que estão dentro dos computadores do TSE”, disse Bolsonaro.
“Vou fazer uma reunião quinta-feira com embaixadores, semana que vem. Vou convidar autoridades do Judiciário para outra reunião, para mostrar o que está acontecendo”, bradou Bolsonaro.
Desinformação e fake news
A PF destaca que o então presidente da República deixa claro que exigiria dos ministros, “em total desvio de finalidade das funções do cargo”, que replicassem em suas áreas “todas as desinformações e notícias fraudulentas quanto à lisura do sistema de votação, com uso da estrutura do Estado brasileiro para fins ilícitos e dissociados do interesse público.”
“Se apresentar onde eu estou errado eu topo. Agora, se não tiver argumento pra me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro. Está no lugar errado. Se está achando que eu vou ter 70% dos votos e vou ganhar como ganhei em 2018, e vou prova, o cara está no lugar errado”, diz a transcrição feita pelos investigadores e apresentada ao STF.
Em outro ponto da reunião, Bolsonaro propõe que os presentes participassem da redação de um documento que afirmasse ser impossível “definir a lisura das eleições” e incluísse elementos externos, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).