Em meio a tragédia, o discurso
Pessoas mortas, famílias ilhadas, com frio e fome. Pessoas morrendo, propriedades e bens destruídos. Uma calamidade sem precedentes na história do Rio Grande do Sul. Estados vizinhos como PR e SC enviaram socorro imediato e continuam enviando. Empresários de todo o Brasil enviaram ajuda por doações, máquinas, aviões e helicópteros. Tem mais aeronaves particulares no auxilio do que aeronaves oficiais.
Mas o estado brasileiro mostrou-se ineficiente, para dizer o mínimo. Enquanto o Rio Grande do Sul era tomado por águas o presidente da república fazia discurso sobre palanque eleitoral em São Paulo. Enquanto prefeitos gaúchos postam vídeos reclamando que o socorro oficial não chega, o governo instala um sala de observação para saber o que deverá fazer…
É claro, a força local, exército, policia militar, especialmente corpo de bombeiros e defesa civil, agiram prontamente. São gaúchos, estão motivados, estão defendendo o seu estado e cumprindo com seu dever. Reconhecimento.
Durante coletiva de imprensa ao lado do presidente Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu neste domingo (5), no Rio Grande do Sul, que o Congresso Nacional adote medidas extraordinárias para socorrer as vítimas das fortes enchentes que atingiram o estado. Isto mesmo, agora, dias depois que todo o caos se instala no RS, é que se faz discurso defendendo que deverão (futuro) adotar medidas extraordinárias.
“Temos a responsabilidade de discutir, nesta semana, um rumo para que a gente elabore uma medida totalmente extraordinária”, afirmou Lira.
O Congresso Nacional tem que atentar para essa legislação, sem apontar dedos, quando a gente aponta tem três ou quatro na nossa direção, para que nós solucionemos isso
, afirmou Lira, acrescentando que os trabalhos legislativos começarão nesta semana.
Cabe esclarecer, pois parece que eles não sabem, muitos já morreram e outros morrerão antes do final desta semana, enquanto os senhores discursam sobre a necessidade urgente de discutir o problema durante a semana.
É de se lamentar, que em meio a tragédia, a resposta seja o discurso de promessa para ações magnífica, em um futuro em que muitos já não estarão presentes.
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