Vladimir Putin ganha o que a Alemanhã chama de pseudo-eleições
Como era esperado, Vladimir Putin foi eleito para um novo mandato, que o consolidará como líder mais longevo desde a Revolução da Rússia. A votação de três dias encerrada neste domingo, 17, ocorreu em um ambiente rigidamente controlado, sem alternativas reais a Putin, que venceu com 87,97% dos votos, segundo os primeiros resultados que são quase idênticos à boca de urna.
Putin é reeleito e o mundo continua com tensão em relação a Rússia.
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse neste domingo que Putin está “embriagado pelo poder” ao comentar sobre os resultados da eleição na Rússia. “Esta pessoa, como frequentemente acontece na história, está embriagada pelo poder e quer governar eternamente. Não há maldade que ele não cometa para prolongar seu poder pessoal”, disse.
Também no Leste Europeu, o Ministério das Relações Exteriores da Polônia disse em nota que “a eleição presidencial russa não é legal, livre e justa”. O comunicado acrescenta que a votação ocorreu em meio a “duras repressões” e criticou a realização do pleito em regiões ocupadas da Ucrânia.
Na mesma linha, o Reino Unido disse que a Rússia demonstra não ter interesse em encontrar um caminho para paz ao criticar a realização de eleições em solo ucraniano. E aproveitou para reafirmar o apoio a Kiev.
Ministério alemão disse que pleito presidencial em andamento na Rússia “não é livre nem justo” e que realização de votação em territórios ilegalmente anexados pelo regime de Putin viola direito internacional.O governo da Alemanha afirmou neste domingo (17/03) que as “pseudo-eleições” presidenciais na Rússia carecem das características de pleitos democráticos e que o voto nos territórios ucranianos anexados ilegalmente pelo regime de Vladimir Putin não tem validade.
Apesar de diversos protestos pelo mundo e das falas de governos estrangeiros, a eleição ocorreu em clima razoavelmente calmo, devido ao aparato de controle e o medo da população em sofrer represarias.
Menos de 20 pessoas foram presas por protestos, o que é considerado pouco, em relação ao tamanho do país e ao clima de tensão entre a população. Putin fica, e com ele a tensão no mundo continua.
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