ONU abre processo contra eleição na Venezuela
ONU abre processo contra eleição na Venezuela
Parece estar longe de acabar a novela sobre as eleições na Venezuela e a “suposta vitória de Maduro”.
Novos capítulos envolvem o Brasil e ganham contestações a nível mundial.
Além do clima diplomático de afastamento entre o Brasil e a Venezuela, a questão do cerco a embaixada da Argentina, que está sob custódia do Brasil, em Caracas, ganha novo episódio nesta semana. Ontem opositores venezuelanos, que estão exilados na embaixada da Argentina, pediram atenção imediata do Brasil. Eles estão sem salvo conduto para deixar a embaixada. São acusados de terrorismo pelo governo de Maduro. Além disso a falta de energia elétrica e restrições para o fornecimento de água somam-se aos problemas.
Agora o Comitê de Direitos Humanos da ONU abriu um processo contra o governo da Venezuela para analisar a alegada fraude eleitoral nas eleições de julho. O órgão solicitou que o país preserve as atas das eleições enquanto o caso é analisado.
A denúncia partiu de um grupo de advogados internacionais. Um deles é venezuelano, mora nos EUA e não foi autorizado a votar no pleito. Estima-se que 5,5 milhões cidadãos estão nessa situação, o que corresponde a um quarto do eleitorado.
Nicolás Maduro – Presidente da Venezuela.
A notificação do Comitê, publicada na terça-feira (3), indica uma solicitação para que a Venezuela “se abstenha de destruir o material eleitoral das eleições presidenciais”, incluindo os registros de apuração e outros documentos necessários à preparação do registo de totalização, julgamento e proclamação.
“A decisão da ONU fortalece os países da comunidade internacional — como o Brasil — que não reconheceram o resultado eleitoral e que seguem exigindo que sejam abertas todas as atas eleitorais de maneira transparente”, afirma o advogado brasileiro Paulo Abrão, um dos que assinam o documento.
“Se a Venezuela não cumprir a ordem da ONU e destruir as atas eleitorais, estarão ampliando a crise política e reforçando todas as desconfianças que já estão postas.”
Os advogados afirmaram em nota que a abertura do caso representa um “avanço crucial na luta pela democracia e pelos direitos humanos na Venezuela” e que “provavelmente concluirá com uma decisão internacional muito significativa e histórica”.
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