Fiscalização das obras do pedágio, no Paraná

Fiscalização das obras do pedágio, no Paraná

A Frente Parlamentar da Engenharia, Agronomia, Geociências e da Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Paraná apresentou uma ferramenta que pode auxiliar os usuários das rodovias pedagiadas do Estado a fiscalizar o cumprimento dos contratos. Ainda em fase de desenvolvimento, o site deverá permitir a interação com a população, que poderá se informar sobre as condições das estradas ou acompanhar a realização de obras, por exemplo. A apresentação ocorreu durante uma reunião realizada nesta segunda-feira (01) no Poder Legislativo com o objetivo de debater melhores práticas para fiscalizar os contratos das novas concessões dos pedágios nas rodovias do Paraná, sempre com a colaboração do setor produtivo e entidades ligadas à Engenharia.

A ferramenta deve funcionar como um mapa interativo de marcações georreferenciadas, trazendo informações sobre a concessão, como o lote, preço, trechos, tipo de intervenção, ano da entrega, entre outros. De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Fabio Oliveira (Podemos), a ideia é criar um observatório dos pedágios, reunindo a colaboração do poder pública, de entidades de classe, do setor produtivo e da população para participar ativamente da fiscalização das obras dos pedágios no Estado.

Apoio

A iniciativa conta com o apoio de diversos órgãos do Estado. O presidente do Crea no Estado, Clodomir Ascari, lembrou que órgão tem mais de 75 mil profissionais registrados. “A população quer saber como essas obras vão acontecer e como serão geridas. Nesse momento, é importante que o Crea participe também como um agente fiscalizador, apoiando e sugerindo possíveis alterações, caso sejam necessárias. Então, nós certamente estaremos junto, apoiando essa iniciativa para que a população tenha o conhecimento do que ocorre”, disse.

Na opinião do superintendente de assuntos estratégicos da FIEP, João Arthur Mohr, os problemas ocorridos na antiga modelagem não podem se repetir. “O que aconteceu no outro contrato não pode acontecer agora, sem o acompanhamento da sociedade. Este é um papel fundamental das entidades e da Assembleia Legislativa”.

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Trump e a justiça americana

Trump e a justiça americana

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos da América enfrentou 34 acusações no Tribunal Criminal de Manhattan, New York e foi considerado culpado em todas elas.  No entanto a decisão da pena a ser cumprida ainda não saiu.  Se a decisão fosse anunciada ele teria que cumprir a pena imediatamente? Poderia ainda ser candidato à presidência?  Se estivesse preso poderia comparecer a debates e fazer campanha?

A situação para a justiça americana ficou desconfortável depois do último debate onde Trump convenceu grande parte dos americanos e também da imprensa dos EUA de que seu oponente Biden não teria condições de manter sua candidatura a presidência. Desta forma, a vitória de Donald Trump parece algo mais do que viável, quase uma certeza. Então o que fez a justiça americana?

Trump e Biden, candidatos à presidência dos EUA.

Os quatro processos criminais movidos contra o ex-presidente Donald Trump representavam tanto um perigo político extraordinário quanto a ameaça muito real de que o favorito republicano para concorrer à Casa Branca em 2024 fosse condenado por vários júris antes do primeiro turno.

Mas houve uma decisão anunciada ontem (01) que beneficiou muito Trump e deixou a justiça americana mais confortável.

Com a decisão de imunidade presidencial da Suprema Corte de segunda-feira (1º) provavelmente impedindo um julgamento no caso de subversão eleitoral federal antes da eleição, Trump está prestes a evitar julgamentos pré-eleitorais nos três processos criminais mais significativos que ele enfrenta.

Ele foi condenado no quarto. Mas o caso de suborno movido pelo promotor público de Manhattan foi amplamente visto como o menos sério e mais tangencial à escolha que os eleitores farão em 5 de novembro, pois usou uma teoria jurídica controversa para atingir conduta que é publicamente conhecida há quase uma década. É possível que ele nem mesmo receba pena de prisão no caso.

Os americanos irão às urnas neste outono sem um veredito sobre se Trump violou leis federais e estaduais ao tentar anular a eleição de 2020, ou se sua acumulação de documentos governamentais confidenciais após a presidência violou estatutos de segurança nacional.

A eleição de novembro não selecionará apenas o próximo líder do país. Ela determinará o destino legal de Trump. Se eleito, é amplamente esperado que Trump faça com que as acusações federais contra ele desapareçam, seja ordenando que seu procurador-geral as rejeite ou perdoando a si mesmo.

 

O caso de subversão eleitoral da Geórgia, enquanto isso, está em espera enquanto um tribunal de apelações considera uma tentativa de tirar a promotora do condado de Fulton, Fani Willis, do caso, e a promotoria agora enfrenta outros grandes obstáculos.

“Se Donald Trump vencer a eleição, nenhum julgamento criminal dele jamais irá adiante”, disse Paul Rosenzweig, que trabalhou para a investigação de Whitewater sobre Bill Clinton e passou a servir como um oficial no Departamento de Segurança Interna.

“Não poderíamos contar com o sistema de justiça criminal para nos salvar. O sistema eleitoral é o que definirá no final como nos saímos”.

Vários fatores contribuíram para a aparente fuga de Trump da culpabilidade criminal antes da eleição. As rodas da justiça giram lentamente, como diz o ditado, mas Trump se beneficiou de vantagens legais e golpes de sorte fora do alcance de qualquer outro réu.

Elas incluíam uma estratégia jurídica bem financiada, construída em torno de atrasos, erros de seus oponentes, uma coincidência quase inacreditável na atribuição de casos e agora, uma decisão da Suprema Corte que atrasará e prejudicará o que era o principal caso contra o ex-presidente.

“A lei pode ser usada muito claramente como um instrumento de justiça e pode ser usada muito claramente como um instrumento de injustiça”, disse o deputado Jamie Raskin, o democrata de Maryland que liderou a segunda equipe de impeachment da Câmara contra Trump.

É preciso ainda registrar que existem diversos nuances neste caso, que a mídia americana vem destacando, como o caso de um juiz nomeado por Trump ter atrasado um dos casos e até erros de promotoria. 

Trump não luta apenas para ser presidente. Ele também luta por sua liberdade.

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Paraná poderá ter observatório social para acompanhar pedágios

Paraná poderá ter observatório social para acompanhar pedágios

O Paraná passou décadas sofríveis sob um contrato de pedágios que lesou os paranaenses, não apenas com preços abusivos, mas também pelo não cumprimento integral dos contratos, terminando com diversas obras sem serem realizada e algumas realizas tardiamente.

O chamado “novo modelo de pedágios do Paraná” é mesmo um novo modelo? Será que foi apenas propaganda? E será que em um ou dois anos os preços não serão de novo abusivos e as obras deixadas de lado, soterradas em pilhas de documentações, processos e burocracia?

Estas dúvidas são legítimas e uma proposta poderá dar ao público um olhar mais próximo a todo este processo.

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) propôs nesta segunda-feira, 1º de julho, a criação de um observatório para que toda a sociedade possa acompanhar e fiscalizar a evolução dos contratos de concessão de rodovias no Paraná. “Ou criamos um instrumento social e mobilizamos a sociedade para ser protagonista na fiscalização dos pedágios ou vamos ter dificuldades no futuro”, disse.

Romanelli apresentou a proposta na reunião da Frente Parlamentar das Engenharias da Assembleia Legislativa e, de acordo com o deputado, o propósito é ter uma ferramenta técnica, que permita aos paranaenses fácil acesso a informações, de forma organizada e transparente, sobre o cumprimento das obrigações contratuais das concessionárias. “Sem um controle social seguiremos caudatários e não protagonistas nesta questão dos pedágios”, alertou.

Uma plataforma técnica como o observatório, segundo o deputado, precisa unir várias frentes. Por isso, propôs que a formatação deste instrumento seja um trabalho em parceria, que envolva todos os setores interessados na questão das concessões, a exemplo do que foi observado na mobilização da Frente Parlamentar sobre os Pedágios, que reuniu deputados, representantes da sociedade civil, lideranças do setor produtivo e cidadãos.

Uma das organizações que se propõe a desenvolver o observatório é o Instituto Brasil Transporte (IBT), que é uma instituição sem fins lucrativos que realiza estudos sobre mobilidade. “Onde o observatório ficará abrigado ainda é um tema em aberto. Mas o fato é que precisamos ter um organismo independente, que não seja capturado por interesses econômicos ou políticos. Que tenha autonomia absoluta para fiscalizar os pedágios”, defendeu.

O foco do observatório, avalia Romanelli, não é somente a fiscalização de obras e serviços das concessionárias de rodovias, mas também acompanhar medidas que são ou não tomadas pelo poder concedente, no caso a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para fazer valer os contratos. Ele citou também que uma das medidas ainda aguardadas é a formação da Comissão Tripartite, a cargo da ANTT, para que os usuários possam acompanhar a evolução de cada lote dos novos pedágios.

A reunião da Frente Parlamentar da Engenharia, Agronomia, Geociências e da Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável do Paraná, presidida pelo deputado Fábio Oliveira (Podemos), teve a presença de representantes da Federação das Indústrias (Fiep), Federação das Empresas de Transporte de Carga (Fetranspar), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR), Instituto de Engenharia do Paraná (IEP-PR), Federação das Associações Comerciais e Empresariais (Faciap) e do Sistema Ocepar.

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Surto de hepatite A já atingiu 366 pessoas

Surto de hepatite A já atingiu 366 pessoas

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba divulgou, nesta segunda-feira (1/7), novo boletim epidemiológico da Hepatite A, que registra mais 13 casos na cidade no período de uma semana. 

De janeiro a 28 de julho, foram confirmados 366 casos, cinco óbitos e um transplante hepático em decorrência da Hepatite A na capital paranaense, o que configura surto da doença em Curitiba. No mesmo período de 2023, somente cinco casos haviam sido confirmados na cidade.

Hepatite A atinge população de Curitiba

O inquérito epidemiológico realizado pelas equipes da SMS e do Programa de Epidemiologia Aplicada do Sistema Único de Saúde (EpiSUS), do Ministério da Saúde, identificou que o surto tem transmissão de pessoa a pessoa e que a principal fonte de contaminação é sexual, com prevalência de confirmações em homens jovens, entre 20 e 39 anos.

Historicamente, a transmissão da Hepatite A estava ligada a condições de saneamento e à ingestão de água ou alimentos contaminados, sendo mais comum em crianças, por não adotarem a higiene frequente e cuidadosa das mãos. Presente nas fezes contaminadas, o vírus é transmitido pelo contato de fezes com a boca.

Nas crianças, geralmente é uma doença benigna, facilmente tratada. Já em adultos, a Hepatite A tende a ser mais grave, inclusive com a necessidade de internação hospitalar, situação que se apresenta no surto enfrentado em Curitiba.

Números

Dos 366 casos confirmados, 220 foram internados (60%) e 12 (3,2%) precisaram de cuidados intensivos em UTI. A maioria das confirmações, 73%, atinge homens (267) e 27% são em mulheres (99).

Com o objetivo de barrar a transmissão para mais pessoas, a SMS aguarda a chegada de vacinas para bloqueio de casos, ou seja, serão vacinados os contatos familiares e sexuais daqueles que tiverem a confirmação da Hepatite A nos últimos 15 dias.

Desde 2014, a vacina contra Hepatite A está disponível no calendário nacional de vacinação do SUS para crianças de 1 a 4 anos, aplicada nas Unidades de Saúde. Os endereços podem ser conferidos no site Imuniza Já Curitiba.

Para adultos, somente casos específicos, como pessoas vivendo com HIV/Aids, doadores de órgãos sólidos, transplantados, entre outras situações podem receber a imunização pelo SUS. Nesses casos, a vacinação é feita nos Centros de Referência de Imunológicos Especiais (Crie), do Governo do Estado.

Sintomas

Entre os sintomas mais frequentes, estão a falta de apetite, mal-estar geral, enjoo, febre e fadiga, além da evolução para olhos e pele amarelados, urina escura e fezes esbranquiçadas.

Os sintomas iniciais podem ser confundidos com os de muitas viroses. Para o diagnóstico diferencial, é essencial que a pessoa procure atendimento de saúde. Se apresentar sintomas leves, a pessoa pode buscar atendimento pela Central Saúde Já, ligando para 3350-9000.

“O jovem tem a tendência de minimizar sintomas e se automedicar. No caso da infecção pela hepatite A, isso pode prejudicar o fígado, que já está fragilizado pela doença, e pode ser determinante no agravamento da situação de saúde da pessoa”, alerta o médico da SMS.

Prevenção nas relações sexuais

A principal forma de prevenção é a higiene, tanto na lavagem das mãos com água e sabão antes de comer e depois de ir ao banheiro, como nas práticas sexuais, que precisam de cuidados de higiene e também devem ser protegidas.
Uso de preservativo interno ou externo nas relações sexuais;
Higienização das mãos, genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais;
Higienização de vibradores, plugs anais e vaginais ou outros acessórios utilizados para as práticas sexuais;
Utilização de barreiras de látex durante o sexo oro/anal e luvas/dedeiras de látex para práticas como dedilhado ou “fisting”;

Outras formas de prevenção

  • Lavar constantemente as mãos, principalmente após o uso do sanitário e antes do preparo de alimentos;
  • Lavar com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por pelo menos 10 minutos;
  • Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e peixes;
  • Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
  • Usar instalações sanitárias;
  • Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto;
  • Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios;

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Temperaturas baixas continuam no sul

Temperaturas baixas continuam no sul

Ontem (1), o Inmet voltou a registrar temperaturas abaixo de 0°C em 13 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com -3,9°’C em General Carneiro-PR e -2,7°C em Caçador-SC e Vacaria-RS. Informações do Cepagri indicam o registro de temperaturas de até -6,62°C no município de Bom Jardim da Serra-SC.

Informações do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) indicam que as temperatudas baixas vão se repetir no Paraná, até mesmo com a possibilidade de valores negativos, mas não tão baixos como o da última madrugada. O frio começará a amenizar a partir da amanhã (03).

Em Curitiba as temperaturas desta terça-feira (2) estão entre 9º C e 23º C, sem previsão de chuvas. Bom para quem gosta de fazer exercícios nos parques da cidade.  A previsão é de ligeiro aumento da temperatura a partir de amanhã, mas volta a esfriar no final de sema, que tem indicativo de chuvas.

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Brasil registra a menor temperatura do ano

Brasil registra a menor temperatura do ano

Ontem (30), o Brasil registrou a menor temperatura do ano, com -7,2°C em Urupema, em Santa Catarina.

A capital paranaense registrou, neste domingo (30), a temperatura mais baixa do ano, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Observe no mapa as temperaturas mínimas registradas no Paraná.

A temperatura chegou a 2ºC em Curitiba por volta das 7h. Logo em seguida, baixou para 1,7ºC. Até então, a menor temperatura de 2024 havia sido registrada em 30 de maio, quando os termômetros chegaram a 5,3ºC. Houve ainda registro de geada em alguns pontos da cidade, como o parque Tingui.

A primeira frente fria do inverno quebrou uma sequência de dias quentes que se instalou no país desde 5 de maio, principalmente na faixa central do Brasil.

Mas esta queda de temperatura não deve durar muito. Já nesta semana as temperaturas voltam a subir. No Sudeste, a terça ainda amanhece fria, mas de tarde os termômetros sobem. No Centro-Oeste, as temperaturas já estarão mais quentes pela manhã.

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Colheita de grãos no Paraná avança, mas registra perdas

Colheita de grãos no Paraná avança, mas registra perdas

A colheita da segunda safra de milho 2023/24 avançou na última semana, chegando a 42% da área estimada em 2,42 milhões de hectares. Mas a Previsão Subjetiva de Safra referente a junho, divulgada na quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, mostrou nova redução na estimativa de produção, passando de 13,2 milhões de toneladas, previstos em maio, para 12,9 milhões.

“Essa redução já era esperada porque o clima continua impactando”, disse o analista da cultura no Deral, Edmar Gervásio. Comparativamente à projeção inicial, feita no ano passado, são 1,8 milhão de toneladas a menos. “É provável que se reduza um pouco mais até o final da safra, embora não seja possível quantificar agora”, acrescentou.

Por enquanto a colheita tem se concentrado mais nas regiões Oeste, Centro-Oeste e Noroeste do Paraná, que já se aproxima de 70%. No Norte do Estado, que concentra a maior área plantada de milho de segunda safra paranaense, com 918 mil hectares, a retirada dos grãos não chegou a 10% até agora. Mesmo assim, na média do Estado, o volume de 42% colhido é o maior já registrado historicamente.

FEIJÃO – A colheita do feijão também está no final, com expectativa de render 662 mil toneladas nesta segunda safra. “Foi uma safra muito boa, bem maior que a do ano passado (480,5 mil toneladas), pautada principalmente na área, que aumentou 40% (de 295 mil para 413 mil hectares), com isso tem oferta bastante grande, o que está mantendo os preços mais baixos, ainda que razoavelmente remunerador para os produtores”, analisou o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho.

TRIGO – Principal cultura de inverno no Paraná, o trigo já está semeado em 94% dos 1,15 milhão de hectares, faltando apenas o plantio nas regiões mais frias do Estado. “As chuvas ocorridas na parte Sul do facilitaram o plantio, que estava demorando um pouquinho para começar em alguns municípios”, afirmou.

Nas regiões da metade do Estado em direção ao Norte está mais difícil. “Há situação de 30 dias sem chuva, prometendo chegar a 45 dias”, constatou o analista. “Nessa região, para os primeiros trigos que começaram a ser plantados em abril, está complicado, e deve ter algum reflexo de perdas”. No geral, a previsão de produção para o Estado é de 3,8 milhões de toneladas, 5% acima dos 3,6 milhões do ciclo anterior.

OLERICULTURA – No setor de olericultura, as principais culturas neste período no Paraná são a batata, o tomate e a cebola. “As três safras que estão sendo colhidas agora sofreram a influência do clima, as chuvas da primavera e verão, e o calor excessivo em fevereiro”, salientou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista do setor no Deral.

A estimativa é que a batata tenha perda entre 15% e 20% no fechamento da segunda safra, que atualmente tem previsão de 302 mil toneladas, uma redução de 10% sobre as 334,5 mil toneladas da safra anterior. A área colhida, que estava em 49% dos 10,5 mil hectares há quatro semanas, alcançou agora 82%.

O tomate primeira safra está com os 2,5 mil hectares praticamente todo colhido, com expectativa de se colher 146 mil toneladas. O produto de segunda safra deve ocupar 1,7 mil hectares, com 96% já plantados. A colheita também avança, com 77% já retirado do campo.

A nova safra de cebola está começando, e o produtor tem expectativa de se manter o preço do último ciclo. “A análise do produtor é em relação ao preço bom do ano passado, que ainda está replicando”, ponderou Andrade. Se isso se efetivar, a tendência é que haja excesso de cebola. Em torno de 50% da área paranaense de 2,7 mil hectares dedicada ao produto já está plantada, com possibilidade de se colher 89 mil toneladas.

BOLETIM – O Deral também divulgou nesta quinta-feira o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 21 a 27 de junho. Além dos produtos acima, o documento analisa a exportação do complexo soja que atingiu 7 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses de 2024. O montante financeiro chegou a US$ 3,2 bilhões.

O comércio da arroba do boi gordo também é assunto do boletim, que destaca pouca alteração nos preços e lentidão nos negócios no Paraná mesmo em época de entressafra. Já as exportações brasileiras de carne bovina bateram recorde no último mês, com 239,5 mil toneladas ao preço de US$ 1,05 bilhão.

Sobre os suínos, a análise discorre no crescimento de 371% na produção de carne em abatedouros com chancela do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP) na última década. Em 2013 foram 34 mil toneladas, enquanto no ano passado alcançou 161 mil toneladas. Somente no primeiro trimestre deste ano foram produzidas 37 mil toneladas, superando todo o ano de 2013.

A produção de ovos também é abordada pelo documento, a partir da Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos, feita pelo IBGE. O Brasil produziu quase 1,1 bilhão de dúzias no primeiro trimestre. O Paraná, com 111,2 milhões de dúzias, é o segundo colocado, atrás de São Paulo, que produziu 290 milhões de dúzias.

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Vaticano destaca atividades religiosas e de solidariedade em Curitiba

Vaticano destaca atividades religiosas e de solidariedade em Curitiba

A agência oficial de notícias do Vaticano, Vatican News, publicou um artigo especial, destacando  a 64ª Festa Mãe do Perpétuo Socorro, que segundo o artigo, atraiu mais de 100 mil fiéis.

A 64ª tradicional festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, realizada no Santuário Perpétuo Socorro de Curitiba (PR), atraiu mais de 100 mil fiéis e devotos durante dez dias de celebrações. O evento, que começou em 18 de junho e se estendeu até o dia 27, incluiu uma série de atividades religiosas e de solidariedade, reforçando a fé e a devoção.” destacou a Agência.

Importância para a comunidade católica

Esta notícia em destaque na Vatican News tem grande repercussão na comunidade católica de Curitiba. Reconhecimento de atividades que atraem um grupo tão grande de fiéis renova o prestígio de Curitiba junto ao Vaticano. E claro, faz o mundo católico olhar Curitiba, que além de suas maravilhosas praças, parques e título de Cidade Inteligente, também sustenta um perfil católico impessionante.

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TSE: uso de marcas comerciais em propaganda eleitoral

TSE: uso de marcas comerciais em propaganda eleitoral

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começaram a analisar, na sessão administrativa ocorrida na quinta-feira (27), a consulta feita pela deputada federal Simone Aparecida Curraladas dos Santos (MDB-SP), conhecida como Simone Marquetto. No processo, a parlamentar indaga sobre a extensão da proibição da exposição de marcas comerciais com a intenção de promover marca ou produto na propaganda eleitoral, bem como o uso de marca, sigla ou expressão pertencente à empresa privada em nome de candidata ou candidato na urna eletrônica, prevista na Resolução TSE nº 23.609/2019.

Ministros do TSE discutem uso de marcas em propaganda eleitoral.

Após a apresentação do voto do relator, ministro Raul Araújo, a presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia, pediu vista da consulta. A conclusão do processo ocorrerá na sessão extraordinária de encerramento do semestre forense do TSE, marcada para hoje (1º), a partir das 8h.

Voto do relator

Para o ministro Raul Araújo, a proibição da promoção de marca ou produto deve abranger toda a modalidade de propaganda eleitoral, conforme previsto na legislação eleitoral. Ele observou, no entanto, que a vedação à veiculação de propaganda com interesses que não têm relação com o processo eleitoral não se justifica.

O ministro também se manifestou sobre o segundo questionamento feito pela deputada federal. A parlamentar perguntou se o uso de nome de urna por candidata ou candidato que contenha marca, sigla ou expressão pertencente a uma empresa privada também deve ser proibido.

O relator se posicionou de maneira negativa quanto a essa restrição. Para o ministro Raul Araújo, a candidata ou o candidato pode se apresentar ao eleitorado na urna eletrônica com o nome pelo qual é efetivamente conhecido.

Ele ponderou, no entanto, que é vedado utilizar o prestígio institucional de uma entidade ou de um órgão público para associar o nome da candidata ou do candidato ao nome de instituição pública. “O nome de urna nem sempre é coincidente com o nome social ou o registro civil. Então a utilização de marca, sigla ou expressão ligada à empresa privada visa a garantir a correta identificação do candidato”, disse o magistrado.

Segundo ele, desde que o nome na urna não atente contra o pudor, não seja ridículo ou irreverente e não acarrete dúvida quanto à identidade, deve-se permitir que a candidata ou o candidato se apresente na urna eletrônica com o nome pelo qual é efetivamente conhecida ou conhecido.

Não conhecimento

Ainda durante a sessão administrativa, os ministros não conheceram, por unanimidade, de uma segunda consulta, desta vez proposta pelo deputado federal Marcos Pollon (PL-MS). O parlamentar levantou dúvida em relação à aplicabilidade da Resolução TSE nº 23.610/2019, que trata de propaganda eleitoral, a partir das alterações promovidas pela Resolução TSE nº 23.732/2024.

Relator do caso, o ministro Floriano de Azevedo Marques afirmou que a consulta traz uma indagação genérica, sem objetividade. “Essa consulta não reúne a característica da especificidade que a torne apta para que o Tribunal a responda nos termos da legislação. Respondê-la, nesse caso, pressupõe a capacidade do Tribunal de antever os conteúdos normativos propostos na resolução”, disse ele.

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