O objetivo é atender alunos da rede pública dos cinquenta municípios com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná nos próximos três anos – os primeiros 1.000 já foram selecionados via edital e os demais ingressarão em 2025 e 2026. As grandes empresas de tecnologia que firmaram parceria com o Governo do Estado se comprometam com a contratação de pelo menos 50% dos alunos formados no mesmo município de origem dos estudantes.
“O Brasil tem atualmente mais de meio milhão de vagas abertas na área de tecnologia, então para o Estado é uma oportunidade de criar um berçário de mão de obra altamente qualificada neste setor. Isso faz com que estes jovens sejam rapidamente inseridos no mercado do trabalho, as empresas possam suprir a sua demanda por novos trabalhadores, que poderão ter um emprego digno na sua própria cidade”, acrescentou Ratinho Junior.
A Secretaria do Planejamento idealizou o projeto. De acordo com o secretário Guto Silva, ele está em consonância com a estratégia do Governo do Estado em fazer do Paraná cada vez mais uma referência nacional e internacional no setor de tecnologia e inovação. “O Paraná tem muita tradição nos ecossistemas de inovação, com a presença de muitas startups e mais de 40 mil vagas com salários de alto impacto, mas que precisa de cada vez mais gente para trabalhar”, comentou.
“Ao mesmo tempo, nós temos muitos jovens que deixam suas cidades e o Estado por falta de oportunidades. O projeto busca reter esses talentos com a oferta de uma trilha de conhecimento vinculada ao Google, à Cisco, à Microsoft, que são as maiores referências no setor e estão nos apoiando. Com o aumento da própria renda e a permanência nas cidades, eles também podem ajudar a transformar a realidade local, melhorando os indicadores econômicos”, concluiu o secretário do Planejamento.
Outra parceira na elaboração do projeto foi a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O secretário Aldo Bona explica que a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) responderá pela oferta pedagógica do curso, mas também ressaltou a participação direta das big techs parceiras nas etapas de formação.
“As empresas que contratarão esses jovens talentos ajudaram na construção do currículo para que os estudantes saiam formados efetivamente para atender as necessidades do mercado de trabalho”, pontuou Bona, que também creditou a viabilização do programa ao orçamento recorde de R$ 708,9 milhões destinado pelo Estado à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 2024.
Para o secretário da Inovação, Modernização e Transformação Digital, Alex Canziani, o Talento Tech-PR representa mais um avanço para tornar a economia paranaense mais dinâmica. “Este é um grande passo que o Governo do Estado dá e que não consiste apenas em uma formação, mas no desenvolvimento das cidades mais carentes do Paraná por meio do fomento ao mercado da inovação”, declarou.
Canziani também informou que a plataforma de ensino está pronta e que as aulas devem iniciar em julho. “São aulas interativas, para que a gente possa fazer um ambiente altamente agradável, para que esses alunos fiquem, atuem e depois possam chegar prontos ao mercado de trabalho”.