Rio Grande do Sul: não foi a água que levou tudo
Rio Grande do Sul: não foi a água que levou tudo
Enquanto em algumas regiões de Porto Alegre, como parte do Centro Histórico e bairros da Zona Sul, a água do Guaíba baixou e a limpeza começou a ser feita, na Zona Norte da cidade a inundação permanece. Parte dos moradores decidiu permanecer, mesmo com energia cortada. Além do resgate, uma das tarefas de voluntários e equipes de salvamento é prover essas pessoas com mantimentos para sobrevivência, como pilhas, baterias e alimentos. A permanência é justificada pelos moradores, principalmente pelo medo de serem roubados.
Aqueles que estão voltando para o que restou de suas casas e comércio, encontram uma realidade triste. A água levou quase tudo, mas muito do que falta não foi levado pela água e sim por ladrões.
Os relatos de famílias que tiveram suas casas arrombadas. São famílias, lojistas, supermercadistas e outros comerciantes estão em todos os noticiários nacionais, redes sociais e também são alvo de notícias pelo mundo.
Marinez Silva Hauenstein
Uma empresária de Arroio do Meio, uma das cidades afetadas pelas enchentes do Rio Grande do Sul, se desesperou ao encontrar uma de suas lojas completamente saqueada. Marinez Silva Hauenstein publicou um vídeo chorando nas redes sociais mostrando as prateleiras do estabelecimento vazias e os corredores revirados. Segundo ela, o prejuízo seria de aproximadamente RS 2 milhões.
Maisde 140 pessoas já foram presas desde o início das enchentes, por crimes cometidos durante o período da tragédia.
Muitas vezes são os populares que contiveram os ladrões, como no caso da tentativa de roubo de caminhões e tratores. Sem energia elétrica, as câmeras de segurança da fábrica não registraram as ameaças aos abrigados, os saques e o vandalismo. Em Porto Alegre e em outras cidades alagadas, a polícia usa equipamento de visão noturna para fazer as patrulhas e as buscas. Empresas de segurança fazem ronda de barco.
“O trabalho de repressão ao crime está muito bem feito pelas forças de segurança. Nós estamos com 27,5 mil policiais mobilizados em todo o estado, inclusive suspenderam férias, licenças, todo o resto. Apreendemos até agora107kg de drogas e realizamos prisões, inclusive nos abrigos, envolvendo alguns crimes sexuais. Estamos trabalhando o tempo todo para manter a segurança, patrulhando as áreas alagadas e secas, dia e noite, para garantir a segurança do cidadão”, afirma Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil, em uma reportagem exibida pelo programa Fantástico.
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