Pais de autor de chacina em escola foram condenados a até 15 anos de prisão
Pais de autor de chacina em escola foram condenados a até 15 anos de prisão
Os anos de 2021 e 2022 foram marcados por atos criminosos hediondos cometidos por jovens em diversas escolas nos EUA e infelizmente também no Brasil. Crianças e adolescentes e até educadores sofreram com a morte ou ferimentos graves feitos com armas de fogo ou facas e facões.
Estes crimes chocaram o mundo e violaram as escolas de forma irreversível na vida de muitas comunidades. Mas qual a responsabilidade dos pais, nestes casos?
Pais são condenados a prisão por crimes cometidos pelo filho.
Uma decisão da justiça americana condenou pais de um destes jovens que invadiram e mataram alunos em uma escola.
A decisão abre um importante precedente que poderá ser seguido não apenas pelos tribunais americanos, mas também pode servir de exemplo a tribunais de outros países.
Jennifer e James Crumbley, pais de Ethan Robert Crumbley, foram condenados de 10 a 15 anos de prisão pelos crimes cometidos pelo filho durante uma chacina na escola Oxford, em cidade homônima, no estado do Michigan (EUA).
Pais foram condenados por “homicídio involuntário”. A Justiça de Michigan os considerou culpados por não terem feito o suficiente para impedir seu filho de realizar uma chacina na escola Oxford, em Michigan.
Juíza fala em “erros sucessivos”. A juíza Cheryl Matthews afirmou que “não se espera que os pais sejam médiuns”, mas que as decisões “confirmam atos repetidos ou falta de atos que poderiam ter parado um trem desgovernado que se aproximava, ignorando repetidamente coisas que fariam uma pessoa razoável sentir os cabelos da nuca se arrepiarem”.
Chacina matou quatro alunos e feriu outros sete em 2021 na escola em Oxford, cidade de pouco mais de 20 mil habitantes na região de Detroit. O adolescente tinha 15 anos quando cometeu o crime. No ano passado, ele foi julgado como adulto, e condenado à prisão perpétua.
Pais deram arma para o filho como presente de Natal. Uma professora do garoto também descobriu que ele estava procurando munição na internet, e chamou a mãe até a escola. Segundo a promotoria, ela não respondeu, e enviou uma mensagem de texto ao filho dizendo: “Não estou brava com você. Você tem que aprender a não ser pego”.
Pai do adolescente ligou para a polícia no dia do tiroteio. Ao ouvir que havia um atirador na escola da região, James Crumbley ligou para a emergência, dizendo acreditar que o culpado poderia ser o filho dele. Pouco mais de duas semanas depois, ele e a esposa foram convocados para uma audiência, mas não apareceram. Os dois foram presos no dia seguinte.
Uma pesquisa do governo norte-americano mostrou que 75% dos atiradores em escolas conseguiram as armas usadas dentro das próprias casas.
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