Preço de óleos comestíveis no Brasil
Preço de óleos comestíveis no Brasil
O óleo comestível mais utilizado na culinária brasileira é o óleo de soja. Presenta na grande maioria das casas e é mais barato que outros óleos como por exemplo o óleo de oliva.
Recentemente os preços do óleo de soja subiram no mercado doméstico. Segundo pesquisadores o impulso vem da maior demanda, sobretudo de indústrias do setor alimentício.
Representantes destas fábricas pretendem garantir volumes para médio prazo, atentos às expectativas de aumento na produção de biodiesel no Brasil.
É o resultado da competição entre carros e fogões! Pois o óleo de soja é a principal matéria-prima na produção de biodiesel no país, representando cerca de 70% do total.
Atualmente, a mistura do biodiesel ao óleo diesel é de 14% (B14) no Brasil, mas há um projeto para que chegue a 25%.
Por outro lado o azeite de oliva é visto no Brasil como um ingrediente da alta gastronomia e é pouco usado na cozinha familiar, no preparo diário. O principal motivo é o seu elevado preço, especialmente porque o Brasil não é um tradicional produtor deste ingrediente, sendo ainda importado em grande quantidade. Mas isto está por mudar.
Produtores brasileiros de azeite de oliva têm chances de se beneficiarem da alta internacional do preço do alimento, e ganhar mais espaço para vender ao segundo maior mercado importador do mundo: o próprio Brasil.
De todo azeite que o país consome, menos de 1% (0,24%) é produzido por sua lavoura. A maior participação no mercado interno poderá se dar pela qualidade do produto, o que permite crescimento de consumo mesmo quando o preço se eleva.
Entre 2018 e 2022, a produção de azeite só no Rio Grande do Sul passou de 58 mil litros para 448,5 mil litros. O estado e outras regiões do país, como a Serra da Mantiqueira – entre Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro -, está se especializando na produção de azeite extra virgem, de menor acidez, reconhecido como artigo especial ou premium.
Óleo de soja e óleo de oliva, no Brasil
De acordo com o Internacional Olive Council, entre 2013 e 2020, o Brasil importou uma média de 74 mil toneladas ao ano de azeite e óleo de bagaço de azeitona. No período de oito anos, a importação cresceu de 73 mil toneladas ao ano para 104 mil toneladas ao ano.
Em 2020, oitenta por cento desse volume veio da Portugal e da Espanha. Os dois países da península ibérica diminuíram a produção de azeite nos últimos anos por causa do aumento de temperatura quando ocorre a floração das oliveiras, o que causou a elevação do preço do produto em cerca de 45% de 2020 para cá.
Paralelo ao encarecimento do azeite, produção nacional começa a ter reconhecimento. No mês passado, por exemplo, um azeite de marca gaúcha (Potenza Frutado) foi escolhido como o melhor do Hemisfério Sul – Prêmio Internacional Expoliva de Qualidade dos Melhores Azeites Extravirgens, realizado na Espanha (22ª edição).
Abastecimento mais rápido – Além de azeite extra virgem de qualidade reconhecida, o produtor nacional tem em seu favor a agilidade para abastecer o mercado interno. “Se eu colher uma azeitona hoje no pé aqui, eu posso tranquilamente em dez dias ter o azeite dela em uma loja do Pão de Açúcar em São Paulo”, calcula Luiz Eduardo Batalha, o maior produtor de azeite do Brasil e dono da marca que leva seu nome.
Batalha, que acumula experiência com a produção de carne, café e cana-de-açúcar em diferentes partes do país, cultiva oliveiras em três fazendas com total de 3 mil hectares nos municípios de Pinheiro Machado e Candiota, no sudeste gaúcho, a cerca de 60 quilômetros da fronteira com o Uruguai.
Segundo ele, o azeite extra virgem “é um produto que precisa de muito frescor” e as marcas estrangeiras apesar do domínio absoluto “não competem com a rapidez que a gente tem de colocar o azeite nas gôndolas do supermercado, nos lugares, nos restaurantes.”
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