ONU vai tentar levar ajuda humanitária a Gaza

ONU vai tentar levar ajuda humanitária a Gaza

Segundo a Organização das Nações Unidas, existem pelo menos 576.000 pessoas em Gaza que estão à beira da inanição. Isto representa 1/4 da população.

Jamie McGoldrick, coordenador de ajuda da ONU para o Território Palestino Ocupado, disse que a ONU vem pressionando Israel há semanas para usar a estrada da cerca da fronteira de Gaza e que recebeu mais cooperação de Israel na última semana.

As autoridades palestinas dizem que mais de 100 pessoas foram mortas na última quinta-feira tentando chegar a um comboio de ajuda perto da Cidade de Gaza, a maioria delas alvejada por tropas israelenses. Os militares de Israel, que vinham supervisionando as entregas de ajuda privada, disseram que a maioria delas morreu em função de um tumulto.

 

Mais do armas, a fome tem matado neste guerra contra Gaza.

“Desde o incidente da semana passada, acho que Israel viu claramente como é difícil entregar a assistência”, disse McGoldrick aos repórteres, acrescentando que a ONU tinha visto “muito mais cooperação de Israel como resultado dessa percepção”.

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Paraná amplia vacinação contra a dengue para 12 a 14 anos

Paraná amplia vacinação contra a dengue para 12 a 14 anos

Antes o imunizante estava destinado a crianças de 10 e 11 ano. A mudança segue a instrução da Nota Técnica nº 12/2024 da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

Quando as primeiras vacinas chegaram, foram consideradas pelo governo do estado como insuficientes para a população do Paraná. Mas a verdade é que a população não levou seus filhos para tomarem vacinas e a ampliação da faixa etária é para não perder as vacinas que estão chegando ao fim de seu prazo de validade.

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A Secretaria de Estado Saúde recomendou, ontem (7), que os 30 municípios paranaenses contemplados com a vacina contra a dengue Qdenga ampliem o público-alvo. Antes destinado para crianças de 10 e 11 anos, agora o imunizante pode ser aplicado em crianças e adolescentes de 12 a 14 anos. A mudança segue a instrução da Nota Técnica nº 12/2024 da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

A ampliação também leva em conta a baixa procura pela vacina nos municípios. Segundo um levantamento preliminar da Sesa, apenas 23,5% das doses recebidas do Ministério da Saúde no dia 22 de fevereiro foram aplicadas. Em números absolutos, foram 8.252 doses aplicadas do total de 35.025 distribuídas para a 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu e a 17ª Regional de Saúde de Londrina.

Quero convocar a população dos 30 municípios para se vacinar. Temos vacinas disponíveis, estamos preparados. Pouco mais de 20% das vacinas foram aplicadas nas nossas crianças, isso é muito pouco. Precisamos da colaboração e conscientização dos paranaenses para aumentarmos essa cobertura e proteger nossas crianças da dengue”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Ele destaca que as vacinas enviadas possuem validade até 30 de junho deste ano. “Temos pouco mais de três meses para utilizar o imunizante, o que só reforça a importância dessa ampliação e também da adesão da população”, acrescentou o secretário.

O último boletim epidemiológico da dengue, divulgado terça-feira (5) pela Sesa, registrou 32.094 novas notificações de possíveis casos da doença, 15.361 casos e 14 óbitos. Ao todo, o período epidemiológico iniciado em agosto de 2023 soma 187.594 notificações, 73.928 casos e 37 mortes

O Paraná é o 4º estado do País com a maior incidência de dengue, atrás do Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal, conforme dados do Informe nº 4 do Centro de Operação de Emergências (COE) do Ministério da Saúde.

VACINAÇÃO – Na 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu, foram registradas 2.517 doses aplicadas e na 17ª Regional de Saúde de Londrina, 5.735. Os municípios-sede das regionais registram o maior número de aplicações – Londrina com 3.353 doses e Foz do Iguaçu com 1.619.

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Curitiba é o terceiro principal destino corporativo do País; Foz do Iguaçu é o 5º em turismo

Curitiba é o terceiro principal destino corporativo do País; Foz do Iguaçu é o 5º em turismo

De acordo com um levantamento anual da Omnibees, plataforma de tecnologia usada para reservas em mais de 7 mil hotéis, Curitiba foi o terceiro destino mais frequente do País em viagens corporativas em 2023. No ranking de viagens turísticas de lazer, Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, ficou na quinta colocação nacional.

Turismo move a economia do Paraná.

Curitiba e Foz do Iguaçu são destaques no turismo do Paraná e do Brasil, segundo pesquisas que mostram destinos mais visitados em 2023.

Das viagens a lazer ao turismo de negócios, o Paraná vem se consolidando como um destino cada vez mais frequente dos viajantes. De acordo com um levantamento anual da Omnibees, plataforma de tecnologia usada para reservas em mais de 7 mil hotéis, Curitiba foi o terceiro destino mais frequente do País em viagens corporativas em 2023. No ranking de viagens turísticas de lazer, Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, ficou na quinta colocação nacional.

Os dados levam em conta a quantidade de pernoites registradas pela empresa ao longo de todo o ano, com um volume total de 24 milhões de reservas ao ano. Além dos hotéis, a plataforma opera também com mais de 750 canais de vendas.

Nas viagens corporativas, Curitiba ficou atrás de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) como a cidade com maior número de pernoites do País. Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Campinas (SP) e Goiânia (GO) completam a lista dos dez principais destinos do País no turismo de negócios em 2023.

Em relação a 2022, a Capital do Estado subiu uma posição no ranking, com um aumento de 13% no volume total de diárias ao longo do ano. Em todo o Brasil, o aumento foi de 18%, e na região Sul, o crescimento foi de 15%.

No que diz respeito às tarifas médias cobradas, Curitiba teve um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Em todo o Brasil, crescimento médio registrado nos preços das diárias foi de 19%. Na região Sul, o aumento foi de 14%, segundo o levantamento.

LAZER – Nas viagens de turismo de lazer, Foz do Iguaçu, um dos destinos mais buscados no TripAdvisor da América do Sul, ficou na quinta posição nacional, atrás de Rio de Janeiro (RJ), Gramado (RS), Maceió (AL) e Porto Seguro (BA). A lista de dez principais destinos turísticos do Brasil ainda tem Ipojuca (PE), Natal (RN), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE) e Búzios (RJ).

A cidade paranaense também registrou um dos maiores crescimentos no volume de pernoites entre os principais destinos do Brasil, com uma alta de 21% em relação a 2022, atrás apenas de Búzios (33%) e Gramado (22%). No mesmo período, a tarifa média cobrada por uma diária na cidade aumentou 13%, acompanhando o índice nacional que ficou em 12% e acima da média de crescimento da região Sul, que foi de 8%. A empresa não divulgou os números totais de diárias e nem os valores das tarifas, mas apenas os rankings de principais destinos e as variações em relação ao ano anterior. Os dados completos divulgados pela Omnibees podem ser acessados AQUI .

Os números confirmam a expansão do setor no Paraná. De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o turismo no Paraná cresceu 10% em 2023. O índice foi o quarto melhor do Brasil, atrás de Minas Gerais (15%), Rio de Janeiro (11,5%) e Bahia (11,4%). Em todo o País, o crescimento médio foi de 6,9%.

Segundo o Boletim de Dados Turísticos elaborado pela Secretaria de Estado de Turismo, o Paraná registrou um aumento significativo no número de turistas internacionais recebidos, com alta de 51,3%, e a atividade criou 6,7 mil empregos formais ao longo do ano.

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Candidaturas femininas laranjas

Candidaturas femininas laranjas

A mulheres representam 55% do eleitorado, mas não são representadas em cargos eleitos na mesma proporção. As mulheres ocupam hoje apenas 17,7% das vagas no Congresso Nacional, por exemplo. Uma das formas de impedir candidaturas plenas, das mulheres, é a chamada candidatura laranja.

As candidaturas laranjas, de maneira geral, são utilizadas para contornar leis, desviar a transferência de fundos para campanhas de outros candidatos e para possibilitar a participação de partidos que não estariam aptos a concorrerem na disputa eleitoral sem eles. Estas candidaturas não ocorrem somente com mulheres. Alguns homens também são iludidos com uma candidatura, sem que tenha real chance de ser eleito, servindo assim aos propósitos do partido.

No entanto o uso de candidaturas laranjas usando mulheres são mais frequentes. Especialmente porque há uma lei que garante um mínimo de candidatas mulheres pelos partidos. Por isso o TSE endureceu as regras.

 

Candidatura laranja feminina é alvo de novas regras do TSE.

Os partidos políticos devem se comprometer a ter um mínimo de 30% de candidaturas femininas viáveis e com pretensão de disputa nas eleições proporcionais durante todas as fases do processo eleitoral.

Alguns partidos alegam que esta regra os força a buscar na comunidade mulheres que não são tem vontade política e que acabam com suas candidaturas apenas para cumprirem com a cota.

Para as eleições municipais deste ano, pela primeira vez o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (foto) inseriu diretamente nas regras que regem o pleito diversos critérios objetivos para caracterizar fraudes na cota de gênero.

A medida foi tomada em fevereiro quando os ministros aprovaram uma inédita resolução sobre ilícitos eleitorais, visando afastar dúvidas sobre quais condutas o tribunal considera delituosas, segundo o estado da arte da jurisprudência.

Pela nova norma, por exemplo, incorre automaticamente em fraude a candidata a vereadora com votação zerada ou pífia, sem importar o motivo alegado para a baixa votação.

Também será considerada laranja a candidatura feminina com prestação de contas idêntica a uma outra, ou que não promova atos de campanha em benefício próprio. Tais situações configuram fraude mesmo se ocorrerem sem a intenção de fraudar a lei, segundo as regras aprovadas.

Outro ponto consolidado foi o de que todos os votos recebidos pela legenda ou coligação envolvida com a fraude devem ser anulados, o que resulta, na prática, na cassação de toda a bancada eventualmente eleita.

Considerada rígida pelos partidos, a regra é resultado de anos de julgamentos e condenações, sobretudo, no último ciclo das eleições municipais. Desde 2020, o TSE condenou diversas legendas por fraude na cota de gênero, em ao menos 72 processos oriundos de municípios de todas as regiões do país.

“Ao colocar os critérios numa resolução, a Justiça está passando um sinal ainda mais forte”, disse a advogada Luciana Lóssio, que foi ministra do TSE entre 2011 e 2017 e participou dos primeiros passos desse avanço jurisprudencial.

O caso mais recente foi julgado nessa quinta-feira (7), quando o plenário do TSE declarou a fraude praticada pelo PSB no município de Cacimbas, na Paraíba, e pelo PDT em Pombos, em Pernambuco. Em ambos os casos, toda a bancada eleita de vereadores pelos partidos foi cassada.

Lento avanço
Até chegar às regras atuais, foi percorrido um caminho de décadas. A primeira política afirmativa para candidaturas femininas data de 1995, quando foi aprovada a reserva de 20% das candidaturas para mulheres, mas sem a obrigação dessas vagas serem de fato preenchidas, o que nunca ocorria.

Desde então as cotas para candidaturas femininas subiram para 30% e se tornaram obrigatórias. Num dos avanços mais recentes, em 2022 foi inserida na Constituição a obrigação expressa dos partidos aplicarem os recursos públicos de campanha em candidaturas femininas, na mesma proporção do número de candidatas e no mínimo em 30%.

Na mesma emenda constitucional, contudo, o Congresso Nacional aprovou uma espécie de perdão aos partidos. Aqueles que tiveram contas reprovadas por não aplicarem dinheiro na promoção de candidaturas femininas ficaram livres de qualquer punição.

“O que tinha que ser feito em termos de aprimoramento legislativo e jurídico foi feito. Agora é contar com o amadurecimento civilizatório dos dirigentes dos partidos políticos”, afirma Luciana Lóssio. “Os atores do processo eleitoral precisam se conscientizar de que a Justiça não vai mais tolerar o jeitinho que se dava”, acrescenta.

A advogada lembra como, no início, praticamente não havia instrumentos jurídicos para se caracterizar uma candidatura como laranja, por exemplo. “Se exigia requisitos tão precisos, tão difíceis de serem alcançados, que realmente não se vislumbrava a concretização dessa fraude”, recorda.

“Hoje, a jurisprudência está altamente solidificada no sentido de combater a fraude na cota de gênero com indícios muito mais concretos e de fácil percepção”, acrescenta.

Consciência forçada
Para a advogada Renata Aguzzolli Proença, integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), o fato de critérios objetivos terem sido incluídos numa resolução eleitoral deve incentivar que as fraudes sejam caracterizadas mais cedo.

“A resolução traz uma certa vinculação, sendo uma forma de orientação aos juízes eleitorais, que, por vezes, estão atuando numa eleição esporadicamente. Vai acrescentar muito para que já no primeiro grau surjam essas punições”, avalia a defensora, que atua no Rio Grande do Sul.

Nas eleições municipais deste ano, ela acredita que deve haver um maior cuidado dos dirigentes locais das legendas com o tema. Para evitar incorrer em fraude, ela sugere o envolvimento cada vez mais cedo das mulheres na vida partidária, bem antes das candidaturas.

“A gente sabe como é difícil em muitos municípios ter essa participação das mulheres, mas isso porque no dia a dia elas não estão envolvidas na política. Trazer as mulheres realmente interessadas é a melhor forma de evitar todo esse problema”, conclui.

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