70% dos criadouros do mosquito da dengue estão em casas e quintais
70% dos criadouros do mosquito da dengue estão em casas e quintais
Por mais incrível que pareça, mosquito não pula carnaval. E os casos de dengue continuam crescendo em Curitiba, assim como em todo o Brasil.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba dos 194 focos de Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, encontrados em Curitiba no mês de janeiro, 70% estavam em casas ou quintais.
O que justifica a grande fiscalização em casas e terrenos por toda a capital paranaense. O que tem sido feito pela equipe de saúde do município.
Ciclo de vida do Aedes aegypti, mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya.
Vida e reprodução do inseto transmissor
De forma simplificada a fêmea do mosquito transmissor da dengue busca por água parada ou calma, suficientemente limpa, para colocar seus ovos. Estes evoluem para larvas, pupa e depois para o inseto na forma adulta (com asas), que abandona a água e sai em busca de alimento (sangue ou vegetal).
Se o inseto adulto for fêmea ela vai buscar se alimentar de sangue, por isso dizemos que é hematófaga. Se a forma adulta for macho, ele vai se alimentar principalmente de frutas.
Por isso dizemos que somente a fêmea transmite a dengue.
É importante ainda lembrar que quando a fêmea coloca ovos, estes não estão contaminados. E portanto o inseto sempre nasce sem o vírus da dengue.
Tudo isso vale para os vírus da zika e chikungunya, que são transmitidos por este inseto.
Como o inseto transmite a dengue
Para transmitir a dengue a fêmea do Aedes aegypti tem que picar uma pessoa que está com o vírus da dengue. Assim ao sugar o sangue da pessoa, para se alimentar, ela adquire o vírus e o transmitirá a outra pessoa saudável, quando picar esta outra pessoa.
Forma de combater o Aedes aegypti
Uma das formas mais conhecidas e práticas de combater este inseto transmissor da dengue, é impedindo que ele se reproduza. Para isso, eliminar água parada em pequenos e grandes reservatórios é desejável.
O que ninguém te conta
Este mosquito não nasceu na cidade. Ele é encontrado normalmente na natureza e lá não tem pneus com água parada, vasos e outros lixos ou utensílios comuns ao ser humano. Para se reproduzir na natureza, eventualmente ele usa poças de água de chuvas, mas também e de forma mais frequente, ele se reproduz em pequenas quantidades de água que ficam retidas em reservatórios naturais, como entre as folhas de diversos tipos de vegetais.
Cuidados com as estatísticas
É claro que ao divulgar que 70% dos focos reprodutivos estão em casas e quintais, já que esta é aproximadamente o que representa o total do território urbano habitado, isto conduz ao raciocínio que casas e quintais são o problema. Mas existem outros lugares que os governantes federais, estaduais e municipais não te falam. Praças, chafarizes e até mesmo em água acumulada em árvores e em algumas plantas comuns às cidades, são também repositórios para que este mosquito se multiplique.
E aqui vem mais um conhecimento importante. O Aedes aegypti tem uma capacidade de voo muito curta. Podendo cobrir uma área de aproximadamente 100m a partir do ponto onde é criado. É claro que com o passar do tempo, ele expande sua área ao colocar ovos distantes do ponto de origem, gerando uma nova leva que cobrirá outra área.
Assim como o governo combate (de forma correta) os mosquitos através de fiscalização nas casas e quintais, deve também prestar conta de como fiscaliza os logradouros públicos, os edifícios e propriedades públicas e outros pontos de possível procriação e mostrar estas estatísticas a população.
Da forma como se divulga hoje, a impressão é que a população é a única culpada pela pandemia de dengue no Brasil, por ser desleixada com o cuidado de sua casa e quintal.
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