Jair Bolsonaro deve entregar passaporte à Polícia Federal
Jair Bolsonaro deve entregar passaporte para a Polícia Federal
A Polícia Federal deu início a operação “Tempus Veritatis” (hora da verdade), que cumpre mandatos de segurança e toma outras providências contra suspeitos de participação em diversas ações que culminaram com os atos de 8 de Janeiro de 2023, em que uma multidão invadiu diversas instalações dos três poderes em Brasília.
Mas as investigações não estão com foco apenas no ato de 8 de janeiro, mas também em todo os atos que foram construindo uma situação para que isto ocorresse.
Jair Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal
Exemplo do resultado desta investigação é a determinação para que o ex-presidente Jair Bolsonaro, entregue o seu passaporte a Polícia Federal em 24 horas. Isso o impede de deixar o Brasil.
A investigação busca esclarecer todas as ações de foram desenvolvidas durante o governo Bolsonaro, incluindo a disseminação de fake News, em especial aquelas que lançavam dúvidas sobre a lisura do sistema eleitoral, entre outras, como o uso de redes sociais para a disseminação de ódio (gabinete do ódio) e outra ações praticadas diretamente pelo governo, ou sob seu apoio, também fazem parte desta investigação.
A grandiosidade da operação pode ser percebida pela lista de autoridades que sofreram a ação da operação de hoje.
- Almirante Almir Garnier Santos. Ex-comandante-geral da Marinha.
- Augusto Heleno. Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
- Braga Netto. Ex-ministro da Defesa e candidato a vice do ex-presidente em 2022.
- Filipe Martins. Ex-assessor especial do político. Teve mandato de prisão expedido.
- Jair Bolsonaro. Ex-presidente do Brasil. Proibido de deixar o Brasil, com entrega do passaporte em 24 horas.
- Marcelo Câmara. Coronel do Exército. Citado em investigações a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro.
- Paulo Sérgio Nogueira. General e ex-comandante do Exército.
- Rafael Martins. Major das Forças Especiais do Exército.
- Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira. General e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército.
- Tércio Arnaud Thomaz. Ex-assessor de Jair Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
- Valdemar Costa Neto. Presidente do PL. Partido pelo qual Bolsonaro disputou a reeleição.
A operação é deflagrada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ter fechado acordo de colaboração premiada junto a investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e recebeu a homologação pelo STF.
Estão sendo cumpridos hoje (08), 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Ao todo, são 48 medidas cautelares ordenadas por Moraes, incluindo a proibição de os investigados manterem contato ou se ausentarem do país. Além do prazo para entrega de passaportes em 24 horas.
As medidas judiciais estão sendo cumpridas nos seguintes estados: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados.
“As apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, informou a PF.
No X, antigo Twitter, o advogado Fabio Wajngarten, que representa Bolsonaro, disse que “em cumprimento às decisões de hoje”, o ex-presidente entregará o passaporte às autoridades competentes.
“Já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo à ordem de não manter contato com os demais investigados”, escreveu Wajngarten.
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